A Aura Minerals (AURA33) decidiu nesta segunda-feira (26) atualizar suas projeções de longo prazo. Agora, a mineradora canadense já não mira mais a meta ambiciosa de produção para 2025.
A companhia retirou a projeção de alcançar 450 mil onças de ouro equivalente (GEO) de produção anualizada até o final do ano que vem — citada pelo CEO Rodrigo Barbosa como a principal avenida para destravar valor para os acionistas.
No entanto, essa decisão não deveria preocupar os investidores. Pelo contrário, aliás.
Segundo a Aura, a retirada do “guidance” acontece porque as estimativas ficaram “pequenas”: a expectativa agora não é só atingir, como também superar a marca de 450 mil GEO nos próximos anos.
A decisão teve como base a perspectiva de aumento do tamanho do projeto Matupá, de acordo com o fato relevante enviado à CVM.
“Reiteramos nosso compromisso com o plano de superar a marca de 450 mil GEO no médio prazo, continuando a avançar tanto na implementação de Matupá quanto na otimização de nossos ativos existentes e na avaliação de potenciais aquisições”, disse o CEO, em nota.
Os BDRs da mineradora (AURA33) iniciaram o pregão desta segunda-feira em alta de 1,48%, negociados a R$ 18,57 na B3. No acumulado do ano, a valorização chega a 65%, em linha com a alta das cotações internacionais do ouro.
A produção da Aura Minerals (AURA33)
A revisão da perspectiva da Aura Minerals (AURA33) para o projeto Matupá segue a descoberta de um “aumento significativo no potencial geológico da região”.
Com o objetivo de maximizar o retorno dos investimentos, a companhia decidiu adiar o início da construção do projeto Matupá temporariamente.
O adiamento vem na esteira de recentes aquisições dos projetos Pezão e Pé Quente e em meio ao trabalho de exploração realizado nos alvos Serrinhas e X2.
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“A decisão de postergar o início da construção de Matupá reflete nossa estratégia de maximizar o retorno sobre o capital investido. O potencial que vemos em Matupá poderá ampliar substancialmente o retorno do Projeto para os nossos acionistas”, afirmou o CEO Rodrigo Barbosa.
A ideia da companhia é “avançar no conhecimento geológico dos novos alvos com o objetivo de ter uma visibilidade melhor sobre o potencial do projeto”, segundo o comunicado.
Enquanto a construção de Matupá permanece suspensa, a Aura pretende direcionar os esforços em suas iniciativas de aumento de produtividade e eficiência dos ativos, como a expansão da capacidade da mina de Almas e a construção do projeto Borborema, que deve entrar em produção no primeiro trimestre de 2025.