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A disputa não para: Esh aumenta participação na Gafisa (GFSA3) na véspera de assembleia decisiva

Montagem com logo da incorporadora Gafisa (GFSA3)

Montagem com logo da incorporadora Gafisa (GFSA3)

Os acionistas da Gafisa (GFSA3) vão entrar na assembleia desta quarta-feira (7) com as temperaturas elevadas. Na véspera do encontro, a Esh aumentou sua participação na incorporadora de 9,48% para 10,07%.

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A AGE foi marcada para amanhã a pedido da Esh, que quer tirar os direitos de Nelson Tanure na empresa — ele entrou no conselho da Gafisa em abril de 2019, quando a incorporadora passava por uma crise de vendas e dívidas.

A Esh diz que Tanure usa veículos de investimento como o Estocolmo Fundo de Investimento Multimercado para ter participação na Gafisa. Tanure é o maior acionista individual da incorporadora e atua por meio de corretoras.

Ele é famoso por investir e comandar grandes reestruturações de empresas, como a Light (LIGT3), que está em recuperação judicial.

No capítulo anterior...

No capítulo anterior ao aumento da participação da Esh na Gafisa, a gestora havia pedido a interrupção do prazo para a convocação da AGE da incorporadora, marcada para amanhã.

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Na ocasião, a empresa de Vladimir Timerman pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para julgar uma possível ilegalidade na inclusão de um item da assembleia que vai avaliar a abertura de uma ação judicial contra a Esh.

Nesta terça-feira (6), a Gafisa informou que recebeu um ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando sua manifestação sobre o pedido de interrupção.

Segundo a Gafisa, a Esh alega irregularidade em um dos itens da pauta da AGE, que prevê a apuração e a avaliação de prejuízos causados à companhia por condutas imputadas aos acionistas Esh Theta Fundo de Investimento Multimercado, Esh Theta Master Fundo de Investimento Multimercado e à gestora Esh Capital Investimentos Ltda.

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O item também propõe a propositura de ação de responsabilidade contra esses acionistas, com pedido de bloqueio das ações que eles detêm.

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A Esh argumenta que o pedido de inclusão desse item na pauta da AGE foi baseado em “hipóteses e especulações” insuficientes para justificar a propositura de ação de responsabilidade.

Além disso, a Esh afirma que a Gafisa teria ultrapassado o limite do capital autorizado estabelecido em seu estatuto social ao homologar um aumento de capital em 17 de janeiro.

A Gafisa, por sua vez, esclarece que a homologação do aumento de capital se referiu à conversão de bônus de subscrição decorrentes de um aumento de capital ocorrido em 10 de março de 2023, dentro do limite do capital autorizado.

A incorporadora diz que o capital autorizado é de até 600 milhões de ações ordinárias, conforme divulgado em seu formulário de referência.

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A disputa e o sobe e desce das ações da Gafisa

As ações da Gafisa vêm apresentando oscilações bruscas por causa da briga entre a Esh e Tanure. Os papéis chegaram a valer R$ 15,60 no início do ano, mas conforme a data da AGE foi se aproximando, começaram a perder valor.

Nesta terça-feira (6), as ações GSFSA3 terminaram o dia com queda de 6,86%, cotadas a R$ 8,55. No mês, os ativos já acumulam baixa de 40%, enquanto no ano a perda é de 18%.

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