O dólar caminha para encerrar mais um mês em alta. No início da tarde desta sexta-feira (31), último dia de maio, a moeda norte-americana chegou a tocar os R$ 5,25, a maior cotação registrada em mais de seis semanas.
De lá para cá, os ganhos arrefeceram, mas a divisa seguia próxima a esse patamar, cotada em R$ 5,2483 e com alta de 0,77% por volta das 15h50. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Entre os principais fatores que impulsionam o dólar está a queda das commodities no mercado internacional. Os preços das matérias-primas, incluindo o aço e o petróleo, recuam hoje repercutindo dados mais fracos que o esperado da economia chinesa.
Divulgado ontem, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China desceu de 50,4 em abril para 49,5 neste mês. O resultado indica contração na atividade econômica e contraria as expectativas dos analistas, que esperavam estabilidade em maio.
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Taxa PTAX impulsiona dólar
Além do dado chinês, há também uma explicação técnica para a alta do dólar: a apuração da taxa Ptax mensal pelo Banco Central.
Vale relembrar que a taxa é calculada todos os dias, mas há uma "edição especial" da Ptax, formada sempre no último dia de cada mês, que é usada como referência para a liquidação de contratos cambiais ao longo do mês seguinte.
Por isso, o cálculo, que utiliza as transações médias de compra e venda feitas por bancos e instituições financeiras autorizadas pelo BC para negociar câmbio, costuma trazer ainda mais volatilidade ao dólar.