Após quatro pregões consecutivos em queda, o preço do ouro voltou a subir nesta terça-feira (23). O metal retomou trajetória ascendente pela primeira vez desde que renovou máxima histórica há uma semana.
O ouro para agosto fechou em alta de 0,53%, em US$ 2.407,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex) — a maior bolsa de negociação de contratos futuros de commodities.
Vale relembrar que o ouro foi um dos melhores investimentos do primeiro semestre, com uma alta na faixa de 30% durante os primeiros seis meses de 2024.
Economia dos EUA influência perspectivas para o ouro
Agora, os preços sobem de olho na política monetária dos EUA e na demanda global, que ainda parece contida.
Analistas pontuam que a leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre e os dados da inflação do PCE em junho na economia dos EUA podem impulsionar novas expectativas por cortes de juros na maior economia do mundo e transmitir um viés altista aos preços do ouro.
As taxas em alta nos EUA tornam os seguros títulos públicos americanos mais atrativos que o metal, que não paga juros. Portanto, uma perspectiva de cortes adiante reduziria a atratividade dos ativos do Tesouro norte-americano e contribuiria para a escalada da commodity.
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Além disso, segundo o analista de mercados do City Index, Matt Simpson, o mercado de ouro estava sobrecomprado e por isso recuou desde semana passada.
Simpson afirma que é difícil dizer que há uma pressão descendente para o ouro, visto que a inflação americana aponta para desaceleração. Já a política do país segue uma incógnita, após o presidente dos EUA, Joe Biden, desistir da tentativa de reeleição no último domingo.
Uma das mais prováveis candidatas a ocupar o lugar de Biden na corrida eleitoral é a vice-presidente Kamala Harris. A probabilidade levou a arrecadação do partido Democrata a níveis recordes, mas Harris aparece atrás do candidato dos republicanos, o ex-presidente Donald Trump, nas pesquisas.
*Com informações do Estadão Conteúdo