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O longevo ‘fantasma’ do risco fiscal: o que esperar do pacote de corte de gastos do governo — e o que Lula deveria fazer

Economista Felipe Salto quando era diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI)

Comissão Especial destinada a acompanhar a PEC 6, de 2019 (CEPREV) realiza audiência pública interativa para tratar sobre a PEC 6/2019, que "modifica o sistema de previdência social". À mesa, em pronunciamento, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), Felipe Scudeler Salto.

Se tem uma nuvem que parece sempre estar pairando sobre o horizonte de quem investe no Brasil é o risco fiscal, um verdadeiro "fantasma" que, de uma forma ou de outra, sempre assombra o mercado local.

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Desta vez, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se vê diante do desafio de cumprir o arcabouço fiscal que ele mesmo aprovou, a fim de passar para os investidores a segurança de que o Brasil é sim, afinal, um bom pagador.

Essa imagem contribuiria, e muito, para uma queda na inflação e nos juros futuros brasileiros, apreciando o real e também nossos ativos de risco. Mas, ao menos até agora, a opção do governo de fazer o ajuste fiscal apenas pelo lado da receita/arrecadação tem deixado o mercado pessimista.

Agora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta costurar em Brasília um pacote de cortes de gastos, para tentar debelar de vez o risco fiscal e trazer as contas públicas de volta para o eixo. Mas já se passaram algumas semanas desde que o assunto surgiu publicamente, e até agora, nada de anúncio.

O mercado anda bastante ansioso e também pessimista com o que vem por aí, temeroso de que o pacote venha abaixo do montante considerado necessário, cerca de R$ 50 bilhões.

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Mas esse pessimismo não pode estar exacerbado? O governo deve decepcionar ou realmente entendeu o tamanho do problema e vai conseguir finalmente endereçá-lo?

A conta que não fecha: por que o risco fiscal assusta tanto

Para responder a essas perguntas e discutir sobre que tipo de ajuste afinal o país precisa, o podcast Touros e Ursos recebeu, nesta semana, o especialista em contas públicas Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.

Com ampla experiência no setor público, Salto foi, anteriormente, secretário de Fazenda do Estado de São Paulo e diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

Durante o programa, ele deu sua avaliação sobre o arcabouço fiscal, elogiou o trabalho de Haddad e opinou sobre os tipos de cortes que o governo deveria fazer — e quais ele acredita de fato que o governo vai fazer.

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Para ter uma noção do que esperar do pacote de cortes de gastos e do risco fiscal, você pode acompanhar o programa na íntegra aqui e também no tocador abaixo:

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