Em semana de Carnaval, os investidores só queriam saber de uma coisa: afinal, a bolsa de valores funciona ou não durante a folia? A matéria que responde a essa pergunta foi o texto mais lido do Seu Dinheiro durante a última semana.
A dúvida ocorre pois, pelo menos de acordo com a legislação, a pausa para o Carnaval não é feriado, e sim um ponto facultativo. Mas, ainda assim, o período carnavalesco afeta alguns serviços públicos, bancos e o pregão.
Além da pulga atrás da orelha com o Carnaval, os leitores também buscaram se informar sobre a confirmação dos boatos de o BNDES quer financiar uma planta de refino de lítio, o recorde de inflação da Argentina, uma nova fusão entre petroleiras e como fica um inventário com previdência privada.
Confira abaixo um resumo das cinco matérias mais lidas da semana no SD.
1. Carnaval é feriado? Confira o funcionamento da bolsa de valores brasileira
Respondendo a dúvida dos leitores, a matéria mais lida do Seu Dinheiro na semana esclareceu que os investidores poderiam continuar fantasiados ou aproveitar uma viagem na segunda-feira (12) e terça-feira (13) de Carnaval, dias em que a bolsa brasileira não teve negociações.
Os trabalhos, ou melhor, as operações retornaram apenas na Quarta-Feira de Cinzas (14) a partir das 13 horas (horário de Brasília), o que incluiu o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa.
Vale destacar que as bolsas norte-americanas e europeias funcionaram normalmente ao longo da semana, mas a liquidez dos mercados internacionais ficou limitada Ano Novo Lunar. O feriado afetou o funcionamento dos mercados da China, que fecham por uma semana.
A paralisação dos negócios inclui os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian. Isso impacta o desempenho das companhias brasileiras do setor de mineração e siderurgia — em especial, a Vale (VALE3).
2. BNDES de olho no petróleo branco? Banco de fomento quer financiar instalação de planta de refino de lítio em MG
A Sigma Lithium recebeu uma carta de intenções do BNDES para o financiamento da construção de sua segunda planta greentech de lítio, conhecido pela alcunha de "petróleo branco" no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
O investimento previsto pela empresa é de R$ 492 milhões e as obras devem começar ainda no primeiro trimestre, ao término da estação das chuvas na região.
Com a segunda planta greentech, a companhia espera aumentar a capacidade de produção de lítio em aproximadamente 240 mil toneladas (com capacidade estimada de 6% de Li2O).
Se a projeção se confirmar, a capacidade anual de produção deve atingir 510 mil toneladas. Confira a matéria na íntegra.
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3. Um recorde para Milei não esquecer: Argentina começa 2024 com a inflação mais alta do mundo
A Argentina iniciou 2024 com novo recorde que o presidente Javier Milei dificilmente vai esquecer: a maior inflação mensal do mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o índice de preços ao consumidor argentino subiu 20,6% em janeiro na comparação com dezembro e disparou 254,2% em base anual.
Embora a taxa represente uma desaceleração na comparação mensal, ainda é um percentual que contrasta com o resto do mundo.
A Argentina fechou 2023 com a inflação mais alta do mundo, a 211,4%, seguida pela Venezuela (193%), Líbano (192,26%) e Turquia (64,8%). Saiba mais.
4. Surge um novo gigante do petróleo: Diamondback anuncia fusão de US$26 bilhões na bacia do permiano
Ainda que o Carnaval seja uma tradição brasileira, o gigantesco “bloquinho do petróleo” de Wall Street parece preparado para iniciar a folia nesta segunda-feira (12), com mais uma aquisição multibilionária no setor de óleo e gás nos Estados Unidos.
A Diamondback Energy anunciou nesta manhã que comprará a petroleira privada Endeavor Energy Partners, em um acordo de “apenas” US$ 26 bilhões — equivalente a cerca de R$ 128,8, nas cotações atuais.
A empresa conseguiu vencer a rival ConocoPhilips na corrida por uma das principais produtoras privadas de petróleo dos EUA que se arrastava há semanas e as ações reagiram em forte alta. Veja a matéria completa.
5. Previdência privada não entra em inventário, mas existe um caso em que esta regra não se aplica; entenda
Uma das vantagens dos planos de previdência privada é o fato de que eles não entram em inventário quando seu titular morre. Assim, os recursos aplicados em PGBL e VGBL são transmitidos aos beneficiários desses planos automaticamente, sem burocracia.
Isso acontece porque a previdência privada é considerada um produto de natureza securitária, isto é, com características de seguro, um tipo de produto que, por Lei, não passa por inventário. Afinal, o objetivo principal dos planos de previdência é receber as contribuições do titular ao longo dos anos para que, na aposentadoria, ele receba uma renda por sobrevivência.
Finalmente, PGBLs e VGBLs permitem que o titular indique como beneficiárias pessoas que não sejam suas herdeiras obrigatórias, o que possibilita a transmissão de recursos para elas sem a necessidade de testamento.
Entretanto, existe uma situação em que a previdência privada pode sim acabar sendo integrada ao inventário de uma pessoa falecida: caso ela tenha sido utilizada pelo titular para tentar driblar as regras da partilha e um ou mais herdeiros se sintam prejudicados, questionando o uso do produto na Justiça. Entenda aqui.