Na última quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu, em mais 0,50 ponto percentual, a taxa básica de juros, para 10,75% ao ano.
A decisão de corte na Selic em si já era amplamente esperada pelo mercado. Mas o mercado estava interessado mesmo era no teor do comunicado, pois havia uma expectativa de que o BC poderia mudar um pouco o tom da sua decisão.
Dito e feito: o comitê liderado por Roberto Campos Neto transmitiu um comunicado mais duro em relação à política monetária, destacando o aumento das incertezas à frente e mudando um pouco as palavras usadas no texto.
Até então, os comunicados do Copom falavam em quedas da mesma magnitude (0,50 ponto percentual) nas próximas reuniões, no plural. Já no texto que acompanhou a decisão da última quarta-feira, o colegiado passou a indicar apenas mais uma queda de meio ponto, no singular.
Esta não era a expectativa inicial do mercado, que vislumbrava mais cortes de meio ponto à frente. Assim, agora paira a dúvida se o BC simplesmente fará mais cortes de magnitude menor depois da próxima reunião e até mesmo se a Selic no fim do ano pode ficar acima dos 9,00% esperados.
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O freio na queda da Selic também é um freio nos investimentos?
Como essa postura mais cautelosa do Copom pode impactar os mercados e os seus investimentos daqui para frente? Muda alguma coisa na expectativa do mercado para bolsa, renda fixa e dólar?
Para fazer essa análise, eu e Vinícius Pinheiro recebemos, no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos, Luis Garcia, diretor de investimentos (CIO) da SulAmérica Investimentos, gestora com R$ 65 bilhões sob gestão.
Garcia também dividiu a sua visão sobre a decisão de juros do Federal Reserve, o banco central americano, que também foi anunciada na quarta-feira, além de escolher seus touros e ursos da semana, como já manda a tradição.
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