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A aposta de Campos Neto para os cortes nos juros dos Estados Unidos

Fotografia de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto é o presidente do Banco Central brasileiro

Com a inflação global ainda elevada e sem indícios do Federal Reserve, ou Fed, o banco central dos Estados Unidos, sobre quando vai começar o afrouxamento monetário, as apostas sobre corte de juros nos EUA estão cada vez mais incertas. Mas Roberto Campos Neto tem um palpite.

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O presidente do BC brasileiro afirmou nesta quinta-feira (6) que a expectativa para as taxas norte-americanas varia entre uma a duas quedas ainda este ano.

Campos Neto, que deu a declaração durante o MKBR24, evento sobre mercado de capitais promovido por B3 e Anbima, disse também que há outros pontos de atenção na "agenda global dos mercados e BCs" afora os juros.

"Há um debate, por exemplo, sobre os efeitos do custo da rolagem das dívidas dos países desenvolvidos. O fiscal está mais no foco, o que também tem implicações para o Brasil", apontou.

Ao aprofundar no tema do risco provocado pelo comportamento das contas públicas, o economista defendeu a desindexação do Orçamento.

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Mas Campos Neto confirmou que os riscos globais mais relevantes de fato ainda estão ligados à inflação e seus efeitos sobre a política monetária e "questões geopolíticas ainda não equacionadas".

Campos Neto acredita em interligação mundial de sistemas de pagamentos

Além das previsões para os juros, o presidente do Banco Central também uma aposta sobre outro tema hoje. Para ele, os sistemas de pagamento do mundo devem ser interligados mais rápido do que se imaginava.

Segundo as projeções do próprio economista, essa interligação "está avançando bastante rápido" e pode acontecer nos próximos quatro ou cinco anos.

É o caso do Pix, por exemplo. De acordo com RCN, o sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo BC está pronto para ser interligado a outros, como já vem acontecendo em relação aos países da América Latina.

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O presidente do BC classificou o Pix como um "case de sucesso mundial", atraindo o interesse de outros bancos centrais no desenvolvimento da plataforma em seus países.

No evento, Campos Neto confirmou a entrega em novembro do serviço que permitirá o pagamento automático de contas recorrentes. E pontuou ainda que o BC segue trabalhando para que o Pix seja mais amigável ao usuário.

*Com informações da B3 e do Estadão Conteúdo

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