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Contrário ao bitcoin (BTC), FMI fecha acordo bilionário com El Salvador para reduzir importância da criptomoeda — mas Bukele mantém aposta em ativos digitais

Montagem com um Bitcoin (BTC) no primeiro plano e, ao fundo, uma bandeira de El Salvador aparece desfocada

El Salvador, pioneiro na adoção do bitcoin (BTC) como uma de suas moedas oficiais, deu um passo atrás em sua política de criptomoedas. O governo de Nayib Bukele firmou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, entre outras coisas, torna a aceitação do bitcoin como forma de pagamento opcional.

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Em troca, o FMI disponibilizará US$ 1,4 bilhão ao país ao longo de 40 meses, visando reduzir a relação dívida/PIB. Além disso, o acordo abrirá portas para financiamentos adicionais de outras instituições, como o Banco Mundial, totalizando mais de US$ 3,5 bilhões em recursos.

Com uma dívida que atingiu 85% do PIB em 2024, a reforma fiscal pretende melhorar o saldo primário do país em 3,5% do PIB nos próximos três anos.

Reserva digital

Desde 2021, o bitcoin é moeda de curso legal em El Salvador, sendo utilizado tanto no setor privado quanto público, incluindo para o pagamento de impostos. Nesse período, o país também construiu uma reserva nacional da criptomoeda, que atualmente equivale a cerca de US$ 536 milhões em BTC.

O anúncio do acordo com o FMI foi feito na última quarta-feira (18), após quase quatro anos de negociações. Isso porque o órgão sempre se mostrou contrário ao uso de criptomoedas como reserva, destacando a volatilidade desse tipo de ativo, o que coloca a estabilidade econômica do país em xeque. 

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Pelos novos termos, a aceitação do bitcoin por empresas será voluntária e os impostos só poderão ser pagos em dólares americanos. Além disso, o envolvimento do setor público com criptomoedas será restrito.

Um bitcoin por dia

Apesar das concessões no acordo, a postura do governo salvadorenho em relação ao bitcoin não deve mudar drasticamente.

No mesmo dia do anúncio do acordo com o FMI, a Secretaria Nacional de Bitcoin (ONBTC) reforçou que o país segue comprando um bitcoin por dia. No entanto, no dia seguinte, essa rotina já foi quebrada com a compra de 11 BTCs de uma só vez – um movimento que elevou as reservas totais do país para 5.980,77 BTC.

Não existe qualquer sinal de que o governo de Nayib Bukele vá se desfazer desses ativos. Um porta-voz da ONBTC reafirmou em entrevista ao Cointelegraph que o país continuará comprando um bitcoin por dia e possivelmente mais no futuro, enfatizando que as reservas atuais não serão vendidas, já que “o bitcoin continua sendo nossa principal estratégia”.

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*Com informações da Cointelegraph e CryptoSlate

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