O portfólio de um dos maiores fundos imobiliários da B3 vai ficar ainda maior em breve: o XP Malls (XPML11) assinou nesta terça-feira (27) um acordo para comprar participações em um pacote de shoppings por R$ 1,85 bilhão.
O negócio foi revelado pela vendedora, a Syn Prop & Tech (SYNE3). Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explicou que o negócio envolve fatias de 23% a 85% de seis ativos localizados em três estados brasileiros. Confira abaixo;
- 51% do Grand Plaza Shopping, localizado em Santo André/SP;
- 32% do Shopping Cidade São Paulo, localizado em São Paulo/SP;
- 70% do Shopping Metropolitano Barra, localizado no Rio de Janeiro/RJ;
- 52,5% do Tietê Plaza Shopping, localizado em São Paulo/SP;
- 85% do Shopping Cerrado, localizado em Goiânia/GO;
- 23% do Shopping D, localizado em São Paulo/SP.
Em troca, a companhia já recebeu um sinal de R$ 300 milhões hoje e terá direito a outras três parcelas de R$ 630 milhões, R$ 370 milhões e R$ 550 milhões após a assinatura do contrato de compra e venda.
Se concluída a venda — que precisará da autorização do Conselho de Administrativo Defesa Econômica (Cade) —, a empresa seguirá detendo fatias menores em cinco desses empreendimentos e continuará responsável pela administração deles.
A exceção é o Shopping Cerrado, no qual a Syn Prop & Tech optou por desfazer-se de toda a sua participação.
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XPML11 concluiu oferta milionária neste mês
O XPML11 ainda não comentou oficialmente a transação, mas vale relembrar que o fundo imobiliário vem reciclando a carteira desde o ano passado, período no qual adquiriu participações em sete shoppings e vendeu fatias de outros dois.
A mais recente foi em dezembro do ano passado, quando o FII anunciou a alienação de parte do Caxias Shopping por R$ 70 milhões.
Além disso, um dos ativos envolvidos no negócio de hoje já está na carteira: o XP Malls já era dono de 8% do Shopping Cidade São Paulo. Agora, deve elevar a participação para 40%.
Vale destacar ainda que o fundo se preparou para novas aquisições por meio de uma oferta na bolsa de valores. A décima emissão de cotas do XPML11, encerrada no início deste mês, levantou R$ 1 bilhão para o caixa.