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Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

RECOMENDAÇÃO AOS INVESTIDORES

Não compre ações do Itaú (ITUB4): Itaúsa (ITSA4) é a melhor maneira de investir no banco, diz UBS

Na visão do banco suíço, a expectativa de pagamento de dividendos e o desconto nos papéis tornam a holding uma alternativa melhor para os investidores

Larissa Vitória
Larissa Vitória
29 de agosto de 2024
10:54 - atualizado às 11:37
Itaúsa (ITSA4), holding dos controladores do Itaú
Imagem: Shutterstock

Exatamente uma semana após rebaixar de compra para neutra a recomendação das ações do Itaú Unibanco (ITUB4), o UBS BB voltou a falar sobre o tema. Segundo os analistas, há uma maneira melhor de investir no banco: por meio dos papéis da Itaúsa (ITSA4).

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De acordo com relatório divulgado na última quarta-feira (28), a expectativa de um forte fluxo de dividendos do Itaú deverá ser um dos principais impulsionadores do preço das ações da Itaúsa no curto e médio prazo. A recomendação é de compra.

Os analistas relembram que a holding é dona de 37% do banco. A instituição financeira ainda não relevou quanto pagará em dividendos extraordinários, mas o CEO Milton Maluhy Filho já confirmou que eles devem vir até o fim deste ano.

O UBS calcula que o Itaú distribuirá R$ 59,5 bilhões até o final de 2025. Desse total, a holding deve receber R$ 22 bilhões.

Se a Itaúsa redistribuir todo esse montante para os acionistas — algo quem tem acontecido nos últimos anos —, a estimativa para o dividend yield da companhia em 2025 fica em 11,3% e supera o DY esperado para o próprio Itaú, que é de 9,5%.

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Ações estão descontadas

Outro ponto que reforça a tese de investimentos na empresa — que, vale relembrar, também detém participações em outras companhias, incluindo Alpagartas, Dexco, CCR, Aegea e Copa Energia — é o valution descontado das ações.

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Segundo o UBS, o valor de mercado da Itaúsa, atualmente em R$ 115 bilhões, não só é 22% menor do que o valor de mercado de seus ativos, que ronda os R$ 148 bilhões, como a própria fatia da holding no Itaú, avaliada em R$ 137 bilhões.

"Em nosso cálculo, o desconto não leva em consideração a possibilidade do fim da ineficiência tributária, que pode ocorrer com a reforma já em discussão no Congresso", dizem os analistas.

Considerando a expectativa para os dividendos, as ações da Itaúsa não poderia subir mais do que 5,2% nos próximos meses para manter o nível atual de desconto.

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Um avanço tão pequeno é improvável, na visão do banco, que estipulou um preço-alvo de R$ 13,70 para os papéis. Considerando a cotação desta quinta-feira (29), a cifra implica em um potencial de alta de pouco mais de 23% para as ações ITSA4.

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