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Gafisa (GFSA3): fundos se mobilizam contra gestora que quer suspender direitos de Tanure; ações disparam mais de 160%

Montagem com logo da incorporadora Gafisa (GFSA3)

Montagem com logo da incorporadora Gafisa (GFSA3)

A assembleia de acionistas da Gafisa (GFSA3) marcada para o dia 7 de fevereiro promete se tornar um campo de batalha. Isso porque dois fundos resolveram se voltar contra a Esh Capital, gestora que convocou a reunião com o objetivo de suspender os direitos do empresário Nelson Tanure na companhia.

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Um desses fundos é o Estocolmo, que a Esh alega ser um dos veículos por meio dos quais Tanure detém participação na Gafisa.

O outro autor do pedido é o Ravello. Não se sabe quem está por trás do fundo, mas uma consulta à carteira mostra que, além da Gafisa, o Ravello tem posição em ações da Azevedo e Travassos — que também possui Tanure como acionista.*

Ambos os fundos pediram a inclusão na pauta da assembleia de um pedido para que a administração da Gafisa "apure e avalie todos os prejuízos causados" pela Esh.

Além disso propõem que a companhia abra uma ação de responsabilidade contra a gestora de Vladimir Timerman, "contemplando pedido de bloqueio das ações".

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Em comunicado, a Gafisa informou que vai avaliar o pedido dos fundos Estocolmo e Ravello.

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Ações da Gafisa (GFSA3) disparam mais de 160% na B3

Em meio à disputa entre a Esh e Nelson Tanure, as ações da Gafisa acumulam uma forte valorização na B3. Apenas no último mês, quando a gestora fez o pedido de convocação da assembleia, os papéis disparam mais de 160%.

Com a alta, o valor de mercado da Gafisa saltou para quase R$ 1 bilhão. Analistas atribuem o movimento de alta à compra das ações por acionistas que querem reforçar a posição para votar na assembleia do dia 7 de fevereiro.

Fonte: Google

Já no pregão desta terça-feira, as ações da Gafisa operavam em queda expressiva de 8,01% por volta das 15h, a R$ 14,35.*

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Entenda a disputa entre a Esh e Tanure

Conhecida pelo ativismo, a Esh Capital entende que Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3.

No entendimento da gestora, o empresário possui hoje de mais de 40% do capital da incorporadora. Essa participação estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master.

Aliás, esta não é a primeira vez que a Esh pede uma assembleia para tratar do tema. No início do ano passado, os acionistas da Gafisa rejeitaram a proposta de suspender os direitos políticos de Nelson Tanure e outros investidores supostamente ligados a ele.

Na ocasião, as instituições negaram ligações entre si e com Tanure. Agora, a Esh traz novos argumentos que supostamente provariam o vínculo entre os acionistas para embasar o pedido de assembleia. Você pode ler a íntegra da manifestação da gestora aqui.

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A chamada cláusula de "poison pill" (pílula de veneno) faz parte do estatuto da Gafisa e prevê a realização da uma oferta quando um acionista ultrapassa os 30% do capital. O mesmo estatuto prevê que o acionista pode ter a suspensão dos direitos na companhia caso não faça a OPA.

Assim, no pedido de convocação de assembleia, a Esh pede a suspensão dos direitos políticos dos seguintes acionistas que supostamente estão vinculados a Nelson Tanure.

Além disso, a Esh pede a destituição dos atuais membros do conselho de administração da companhia e a eleição de novos integrantes.

*Matéria atualizada para incluir a carteira do fundo Ravello e a cotação das ações da Gafisa no pregão desta terça-feira

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