Fundo imobiliário explica por que não pagará dividendos — e como pretende ‘compensar’ os cotistas e depositar dinheiro na conta dos investidores ainda este mês
A ausência do pagamento de proventos está ligada à operação de venda de cotas de outro fundo imobiliário para um terceiro FII
O pagamento mensal de dividendos é um dos principais atrativos para quem investe em fundos imobiliários. Por isso, a notícia de que o BlueMacaw Logística (BLMG11) não distribuirá proventos neste mês não é bem recebida pelo mercado.
Por volta das 12h desta segunda-feira (8), o FII operava em queda de 2,05%, a R$ 38,71, no mercado secundário.
As cotas repercutem o anúncio feito após o fechamento do pregão da última sexta-feira (5), quando o fundo informou que não haverá distribuição de rendimentos.
- LEIA TAMBÉM: 5 fundos imobiliários para comprar agora e buscar “aluguéis” na conta em forma de proventos
Por que o FII não pagará dividendos?
Segundo comunicado, a explicação para a ausência do pagamento é a transferência de 1,625 milhão de cotas de outro fundo imobiliário, o Triple A, para um terceiro FII, o GGR Covepi (GGRC11).
A operação ocorre no âmbito da venda de 50% da posição acionária do BLMG11 no Triple A, anunciada no mês passado. A venda renderá R$ 112,5 milhões em dinheiro ao fundo, além de 10 milhões de cotas do GGRC11.
De acordo com o último relatório gerencial, a operação permite que o BlueMacaw tenha um ativo líquido, pois as cotas do GGR Covepi negociam aproximadamente R$ 1 milhão por dia.
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Além disso, a gestão enxerga um upside na posição e destaca que ela permitirá a manutenção da sociedade com a Oaktree, casa global com mais de US$ 150 bilhões sob gestão, que antes era efetivada por meio do Triple A.
Por outro lado, a transferência das cotas gerou um impacto contábil no BLMG11 que afetou a capacidade de o FII distribuir os rendimentos deste mês.
BlueMacaw quer fazer amortização de cotas
Para manter o fluxo de pagamento aos cotistas mesmo sem os dividendos, a gestão propôs uma alternativa: realizar uma amortização parcial de cotas de R$ 1,92 milhão, ou R$ 0,45 por cota, em 31 de julho.
A operação está condicionada à aprovação dos cotistas, que devem responder a uma consulta formal já publicada no site oficial da administradora, a Vórtx. O prazo para a votação vai até 16 de julho.
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