Quem investe BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) recebeu dois avisos de pagamento de uma tacada só. Com isso, as cotas do fundo imobiliário operam em alta de 0,8% por volta das 10h50 desta segunda-feira (8)
Além de anunciar que pagaria dividendos maiores em abril, o fundo imobiliário também comunicou que os investidores aprovaram uma amortização parcial que cairá na conta dos cotistas em maio.
A começar pelos proventos, o BRCR11 distribuirá R$ 0,50 por cota para quem estava em sua base na última sexta-feira (5). O pagamento é quase 22% superior ao depósito do mês passado, de R$ 0,41 por cota.
A explicação para o incremento dos dividendos ainda não está disponível. Mas vale relembrar que o FII fechou no mês passado um acordo de R$ 755 milhões para venda de imóveis.
Na ocasião, a gestão explicou que, apesar da maior parte da soma não virar diretamente dividendos, a transação resultaria em um "destravamento do resultado passível de distribuição de rendimentos mensal".
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Além dos dividendos, BRCR11 fará amortização de cotas de outro FII e dinheiro
Além dos dividendos, que devem cair na conta em 12 abril, os cotistas do BC Fund devem receber um depósito duplo, de dinheiro e cotas de outro FII, no final do mês seguinte, em 29 de maio.
Serão cerca de R$ 0,85 por cota referente à amortização de recursos em caixa e do investimento do BRCR11 no CENESP (CNES11), dono de um imóvel homônimo.
A administração do fundo havia convocado uma assembleia para debater a proposta, que envolve a transferência direta de cotas do CNES11 e também de dinheiro para os mais de 148 mil cotistas do BTG Pactual Corporate Office Fund.
Segundo a gestão, o objetivo da operação era seguir otimizando ambos os fundos, finalizando o processo de consolidação da carteira do BRCR11 em ativos do tipo A+ e AAA e permitindo uma "melhor análise dos portfólio para precificação".
Outro argumento favorável era de que a amortização geraria maior liquidez para os cotistas do CNES11, que atualmente possui apenas 1,6 mil investidores em sua base.
Por fim, a gestora alega que o movimento permitiria destravar a rentabilização do Cenesp, atualmente feita por meio de locação, via exploração do potencial construtivo do portfólio.
Os argumentos convenceram os cotistas, que aprovaram a operação em uma consulta formal encerrada na última semana.
O fundo divulgará oficialmente aos investidores como será feito o pagamento da amortização na próxima semana. Mas vale relembrar que, diferente da distribuição de dividendos, que é isenta de Imposto de Renda, a amortização está sujeita à retenção de IR na fonte.