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Dia dá calote em aluguel, quer rescisão de contrato e deve afetar dividendos do fundo imobiliário LVBI11; rede de supermercados pediu recuperação judicial

Supermercado Dia

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As recuperações judiciais entre as empresas do varejo brasileiro seguem respingando nos fundos imobiliários da B3. No ano passado, Americanas (AMER3) foi a grande vilã dos portfólios; desta vez, é a crise na rede espanhola de supermercados Dia que deve atrapalhar os dividendos do FII VBI Logístico (LVBI11).

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O fundo comunicou nesta quinta-feira (21) ter recebido duas notícias negativas ligadas à empresa. A primeira é que o Dia vai rescindir antecipadamente o contrato de locação de um galpão em Mauá, São Paulo.

O empreendimento em questão ficaria alugado para o supermercado até fevereiro de 2026. Caso a saída realmente seja efetivada antes do prazo, o inquilino terá que cumprir um aviso prévio de 180 dias, até setembro deste ano.

A rescisão antecipada também deve modificar o esquema de pagamentos do LVBI11 pela aquisição do imóvel.

Quando comprou o ativo, em outubro de 2019, o FII acertou que parte do valor da venda, ou R$ 6 milhões, seria quitado em seis parcelas anuais condicionadas à manutenção de "determinadas condições contrato de locação. E ainda restam três dessas parcelas.

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Vale destacar que o Dia protocolou um pedido de recuperação judicial no Brasil. De acordo com o grupo, a proteção contra os credores é necessária devido aos “persistentes resultados negativos” de suas operações em território brasileiro. Saiba mais sobre a situação atual do grupo.

Dia não pagou o aluguel e deve afetar dividendos do FII

Além da rescisão antecipadada, o LVBI11 sofreu outro baque: o Dia não pagou o aluguel de fevereiro e deve afetar os dividendos.

A companhia está entre as cinco maiores alocações do portfólio, considerando o percentual por inquilino informado no último relatório gerencial. O contrato representa cerca de 7% da receita do FII.

Segundo os cálculos da gestão, o calote impactará a distribuição de dividendos em cerca de R$ 0,07 por cota, considerando como base o último pagamento de proventos do fundo e projeções de aluguel e despesas de condomínio e IPTU.

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"A administradora e a gestora esclarecem que o fundo irá tomar todas as medidas cabíveis em decorrência da rescisão do contrato de locação e da inadimplência", diz o comunicado enviado pelo LVBI11 ao mercado.

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