Site icon Seu Dinheiro

Após caso Americanas, B3 propõe colocar selo do Novo Mercado em revisão para empresas com problemas

Montagem com o ator John Travolta em frente à sede da B3

Montagem com o ator John Travolta em frente à sede da B3

A B3 (B3SA3), dona da bolsa de valores brasileira, decidiu abrir uma consulta pública para revisar as regras do Novo Mercado, o segmento de listagem de empresas com práticas mais rigorosas de governança corporativa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A principal novidade da proposta é a possibilidade de a bolsa colocar o selo do Novo Mercado de uma determinada companhia em revisão como medida cautelar. Essa revisão pode acontecer antes mesmo da instalação de um eventual processo.

A sugestão de mudança no regulamento da B3 acontece depois do caso Americanas (AMER3). A varejista permaneceu no Novo Mercado por mais de dez meses após a revelação do maior caso de fraude contábil da história do mercado brasileiro até receber suspensão da bolsa.

O objetivo de colocar o selo do Novo Mercado em revisão é fazer um alerta aos acionistas, de acordo com a B3. Mas a companhia permanecerá listada no segmento e com as ações negociadas em pregão.

Pela proposta, a B3 poderá colocar o selo do Novo Mercado em revisão nos seguintes casos:

Limitações ao conselho no Novo Mercado

Além da possibilidade de colocar o selo em revisão, a B3 apresentou para a consulta pública mudanças nas regras para a composição do conselho de administração das empresas do Novo Mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A proposta prevê que os integrantes façam parte de até cinco conselhos de administração de companhias abertas. Além disso, o cargo de presidente do conselho de administração deve ser computado como dois.

Já os membros que ocuparem cargo executivo devem participar de, no máximo, dois conselhos. Enquanto isso, o CEO de uma empresa do Novo Mercado poderá participar de apenas um conselho.

A B3 sugere ainda um limite de dez anos consecutivos de membros na atuação como conselheiro independente. Após esse período, o conselheiro poderá continuar no cargo, mas não como independente para atendimento da regra do Novo Mercado.

Nos casos em que o conselheiro se afaste completamente da companhia por pelo menos dois anos, ele poderá retornar ao cargo como independente. Nesse caso, a contagem do prazo de dez anos será reiniciada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A bolsa propõe ainda a participação de, no mínimo, 30% de conselheiros independentes nas empresas do Novo Mercado. A regra atual exige, no mínimo, dois membros independentes na composição de um conselho, ou 20%, o que for maior.

LEIA TAMBÉM:

Aval do CEO

A proposta da B3 prevê ainda que as empresas do Novo Mercado divulguem declarações do diretor presidente (ou principal executivo da companhia) e do diretor financeiro confirmando a efetividade dos controles internos da companhia.

Além disso, a proposta prevê a divulgação de relatório de asseguração, por empresa de auditoria independente, a respeito da avaliação feita por estes administradores.

Por fim, a B3 propõe a penalidade de inabilitação pelo prazo de dez anos para quem descumprir regras de fiscalização e controle do regulamento do Novo Mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O valor da multa pode subir para até R$ 5 milhões, ainda de acordo com o texto que a bolsa colocou em consulta pública.

A B3 recebe comentários e contribuições pelo e-mail sre@b3.com.br até o dia 2 de agosto. Veja a íntegra da proposta.

Exit mobile version