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Ações da Americanas disparam 17% com queda dos juros futuros, mas crescem apostas em novo tombo dos papéis AMER3

Fachada da Americana Express localizada na Rua Joaquim Floriano, em São Paulo

Letreiro da Americana Express localizada na Rua Joaquim Floriano, em São Paulo

A queda dos juros futuros, que recuam na esteira dos rendimentos dos titulos do Tesouro dos Estados Unidos e falas do presidente Lula que trouxeram alívio fiscal ao mercado, impulsiona as ações do varejo brasileiro nesta sexta-feira (5).

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E o grande destaque do dia são os papéis da Americanas (AMER3), que chegaram a saltar 20% mais cedo. Negociada fora do Ibovespa, AMER3 subiu 12,5%, a maior alta da bolsa brasileira no pregão.

Ainda assim, as ações seguem no patamar de penny stocks — como são os chamados os papéis que negociam abaixo de R$ 1 —, cotadas em R$ 0,45.

Além do preço, outra característica marcante das penny stocks é a volatilidade ainda mais elevada do que os demais ativos de renda variável, o que ajuda a entender a disparada de Americanas hoje.

Vale destacar ainda que, segundo informações do Broadcast, a varejista também liderou as taxas de aluguel de ações, com cerca de 130%.

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Também conhecida como empréstimo de ações, a estratégia é utilizada por investidores que quererem "operar vendidos" em um papel. Ou seja, apostam na queda de um determinado ativo para lucrar.

Americanas (AMER3) fará fusão interna

Já no noticiário corporativo da Americanas, a novidade mais recente inclui uma fusão interna entre a varejista e duas de suas marcas mais famosas na internet, o Submarino e o Shoptime.

Ambas as bandeiras serão integradas à marca Americanas e também farão parte do site principal da companhia a partir de 15 de julho.

Segundo a empresa, o movimento trará vantagens aos consumidores, que poderão retirar todos os pedidos nas "mais de 1,6 mil lojas das Americanas". Mas a fusão gerou desconfiança e críticas nas redes sociais.

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"Desculpe, mas vou passar longe. Não transmite confiança, principalmente depois das reportagems que se referem à antiga diretoria", comentou um usuário na publicação de anúncio da operação feita nas redes sociais da empresa.

Ex-CEO foi preso nesta semana

As matérias mencionadas pelo usuário dizem respeito às investigações sobre a fraude contábil bilionária descoberta no ano passado e que levou a companhia a uma recuperação judicial.

Uma operação deflagarada pela Polícia Federal na semana passada revelou detalhes de como a ex-diretoria estava envolvida em um esquema para fraudar R$ 25,3 bilhões.

A investigação revelou fortes indícios da prática dos crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, foi um dos investigados e chegou a ser preso na última sexta-feira (28) em Madri. O executivo, no entanto, já foi solto e, segundo o Estadão entregou seu passaporte às autoridades brasileiras e espanholas.

Leia também: Ex-CEO da Americanas (AMER3) pedia balanços fraudados em pen drive para não ser descoberto

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