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Prisão de Bolsonaro: 43% são contra a eventual detenção do ex-presidente, diz pesquisa

O ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro

O caso das joias envolvendo Jair Bolsonaro trouxe à tona a possibilidade de prisão do ex-presidente.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (18) mostra que a maioria da população, 66%, vem acompanhando o noticiário sobre as investigações da Polícia Federal (PF).

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Contudo, a possibilidade de prisão de Bolsonaro ainda divide opiniões. O levantamento mostrou que 43% são contra a prisão, enquanto 41% que defendem a cadeia para ele. Dos entrevistados, 16% não sabem ou não responderam.

Entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 62% são favoráveis à eventual prisão de Bolsonaro, 24% são contrários e 14% não sabem ou não responderam. Dentre os eleitores do ex-presidente, 68% são contrários à prisão, 19% favoráveis e 13% não sabem ou não responderam.

A coleta da pesquisa foi realizada entre 10 e 14 de agosto, com 2.029 entrevistas e margem de erro de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

A ordem foi de Bolsonaro?

Ao que tudo indica, essa pergunta ainda não terá resposta. Menos de 24 horas depois de confirmar a veículos de imprensa que o tenente-coronel Mauro Cid iria apontar Bolsonaro como mandante de um esquema que desviou presentes milionários recebidos pela Presidência da República, o advogado Cezar Bitencourt recuou e afirmou não ter falado sobre as transações envolvendo as joias recebidas pelo ex-presidente por delegações estrangeiras.

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Em mensagem enviada ao Estadão na madrugada desta sexta-feira (18), Bitencourt disse: "Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias [sic]".

Citada pelo advogado, a revista Veja publicou na noite de quinta-feira (17), que o Mauro Cid decidiu confessar que vendeu joias nos EUA a mando de Bolsonaro.

Ainda segundo a reportagem, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República vai dizer que o dinheiro arrecadado foi enviado ao ex-presidente, o que pode configurar peculato e lavagem de dinheiro.

Além da Veja, o advogado também reiterou o teor da nova linha da defesa a outros veículos.

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"A questão é que isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro", afirmou o defensor, de acordo com a publicação. "Mas o dinheiro era do Bolsonaro", prosseguiu ele.

A defesa de Mauro Cid

Bitencourt assumiu a defesa de Cid na terça-feira (15). Um dia depois, ele deu indícios de que a linha de defesa seria mostrar que o tenente-coronel apenas cumpria ordens, mesmo "ilegais e injustas".

"Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele. Ordem ilegal, militar cumpre também. Ordem injusta, cumpre. Acho que não pode cumprir é ordem criminosa", disse o advogado, em uma entrevista concedida à GloboNews.

A Polícia Federal cumpriu na sexta-feira da semana passada (11) mandados de busca e apreensão no caso das joias. Entre os alvos da operação estava Mauro Cid, hoje preso por um outro esquema ilegal de falsificação de cartões de vacina.

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Também estão envolvidos no desvio das joias o pai do tenente-coronel, o general da Reserva Mauro César Lourena Cid, o segundo tenente Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef. A corporação estima que o esquema tenha rendido R$ 1 milhão.

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