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Haddad diz que Lula aprovou proposta para compensar fim da desoneração, mas agenda no Congresso é entrave para governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (d)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última segunda-feira (11) que já tem a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar uma proposta alternativa ao projeto que desonera a folha de pagamento. 

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Antes, os 17 setores que geram mais empregos no País tinham isenção de alguns encargos, visando o aumento das contratações. Agora, o novo texto deverá ser apresentado ao Congresso depois das votações previstas para os próximos dias.

Vale lembrar que a fila de votações pendentes inclui, por exemplo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 e a conclusão da reforma tributária, cuja discussão voltou para a Câmara.

Haddad explica veto a desoneração

Haddad já havia mencionado a possibilidade no início deste mês, quando justificou o veto integral do presidente ao projeto de desoneração.

"Depois das votações vem a desoneração. Já está submetido ao presidente (Lula), ele aprovou a maneira como estamos conduzindo as coisas. Não tratamos com os líderes (no Congresso) do assunto. O compromisso nosso, desde o começo eu falei, aprovada a reforma tributária, vamos resolver esse problema", disse o ministro.

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Questionado se a nova proposta para desoneração da folha envolveria o salário mínimo, Haddad repetiu que vai comentar oportunamente o texto.

Histórico

Adotada desde 2011, a desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, a depender do setor.

Entre os setores beneficiados estão os de calçados, call center, confecção e vestuário, comunicação e construção civil.

Com a decisão de Lula, que vetou a proposta por recomendação da equipe econômica, o benefício perde a validade no fim deste ano caso o Congresso não derrube o veto. Nos últimos dias, parlamentares se articularam para tentar derrubar o veto.

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Além da prorrogação do benefício para os 17 setores, o Congresso também incluiu no projeto um dispositivo que reduz de 20% para 8% a alíquota previdenciária das prefeituras de municípios com até 142 mil habitantes.

A estimativa é de que a medida atinja mais de 3 mil municípios no País e tenha impacto fiscal de cerca de R$ 11 bilhões, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Após veto à desoneração, Haddad fala em confiança

Haddad disse que o governo está confiante em relação às votações que ocorrerão no Congresso nesta semana, após intensa negociação dos textos com os parlamentares. Devem ser votados os projetos de arrecadação, a reforma tributária e a LDO.

As declarações foram feitas após reunião com o presidente Lula, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e os líderes do governo no Congresso - os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e o deputado José Guimarães (PT-CE).

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"A gente definiu a semana, que será de muitas votações. Estamos confiantes no mérito, negociamos muito os textos, todas as medidas foram muito negociadas", disse Haddad ao retornar à Fazenda.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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