O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interrompeu o julgamento que pode gerar a cassação dos direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A chamada Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pede a inelegibilidade de Bolsonaro e de Walter Braga Netto, então candidato a vice, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
O pedido de suspensão foi feito pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento deve ser retomado na próxima terça-feira (27), às 19h, onde os ministros devem começar a apresentar os votos.
O primeiro será o relator, Benedito Gonçalves. Na sequência, votam os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes.
A Aije foi ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que aponta irregularidades durante a reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022.
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O que diz a acusação contra Bolsonaro
O PDT afirmou que, embora Bolsonaro não estivesse em campanha, seu discurso teve finalidade eleitoral.
Na ocasião, que contava com a presença de mais de 70 diplomatas, o então presidente atacou a credibilidade do processo de votação e o TSE, dizendo que o sistema eleitoral brasileiro é "completamente vulnerável".
O discurso foi publicado em canais oficiais de imprensa.
De acordo com a legenda, ao apresentar a AIJE, "o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação fazem parte da sua (de Bolsonaro) estratégia de campanha eleitoral".
O PDT pede que o ex-presidente seja punido com a inelegibilidade pela "prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação". Leia ponto a ponto a acusação aqui.