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De Piketty a Acemoglu: quem são os favoritos para o Prêmio Nobel de Economia de 2023

Possíveis ganhadores do prêmio Nobel da economia. Da esquerda para a direita: Thomas Piketty, Philippe Aghion, Edward Glaeser, John List, Raj Chetty e Daron Acemoglu. Ao fundo, moeda nobel. Fundo em degradê preto e verde.

Candidatos ao Nobel de Economia

A temporada oficial do Prêmio Nobel de 2023 terminou nesta sexta-feira (6) com o anúncio da iraniana Nargis Mohammadi como laureada com a medalha da Paz.

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Como acontece todo início de outubro, a Fundação Nobel revelou ao longo dos últimos dias os ganhadores da tradicional premiação em 2023.

Confira os ganhadores do Prêmio Nobel em 2023:

O Prêmio Nobel de Economia

Mas espera um pouco! E o Prêmio Nobel da Economia? Então, o Nobel da Economia não é exatamente um Prêmio Nobel.

Mais de seis décadas depois da primeira edição dos prêmios, o Banco Central da Suécia fez uma doação polpuda à Fundação Nobel.

Essa doação viabilizou a instituição, a partir de 1968, do Prémio de Ciências Econômicas do Banco Central da Suécia em Memória de Alfred Nobel.

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Em termos práticos e reputacionais, entretanto, pouca diferença faz se quem instituiu o prêmio foi a Fundação Nobel ou se ele existe só porque o BC sueco dá o dinheiro.

Para o público em geral, a premiação é conhecida como Nobel da Economia. Ponto.

Quem vai ganhar o Nobel de Economia de 2023

É praticamente impossível prever o ganhador de um Prêmio Nobel.

Todos os anos, em setembro, uma comissão julgadora nomeada pelo BC da Suécia envia formulários confidenciais a cerca de 3.000 pessoas ao redor do mundo.

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Entre elas há professores, intelectuais renomados, integrantes da Real Academia Sueca de Ciências e — claro — ganhadores do Nobel de Economia no passado.

A comissão então compila os nomes e chega a uma lista final — que é mantida em sigilo, mas costuma contemplar entre 200 e 300 nomes.

É a partir dessa lista que a comissão julgadora chega a uma decisão e elabora sua justificativa.

A premiação envolve uma medalha de ouro 18 quilates, um diploma e 11 milhões de coroas suecas (equivalente a mais de R$ 5 milhões), valor que normalmente é dividido quando há mais de um ganhador.

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No ano passado, o Nobel de Economia foi outorgado ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) Ben Bernanke e outros dois economistas norte-americanos, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig, por seus estudos sobre bancos e crises financeiras.

No entanto, prever o resultado de um Prêmio Nobel é praticamente impossível.

Independentemente da linha de pensamento ou de pesquisa do ganhador, o BC sueco é frequentemente criticado por uma suposta politização de suas escolhas.

Quando Milton Friedman venceu em 1976, por exemplo, a direita política apressou-se em elogiar a sua visão de mundo de livre mercado.

Em 2021, a esquerda celebrou a premiação ao trabalho de David Card, de acordo com o qual a elevação do salário mínimo não provoca aumento da taxa de desemprego.

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Houve ainda ocasiões nas quais o comitê premiou autores de teses divergentes entre si.

Em 2011, por exemplo, Thomas Sargent, um dos pais da “revolução das expectativas racionais”, foi premiado junto com Christopher Sims, um famoso crítico da mesma teoria.

Embora tudo seja especulação até o anúncio, há alguns candidatos considerados “naturais” pelos especialistas.

Com base nisso, chegamos a uma lista de economistas com grandes chances de levarem o Nobel de Economia em algum momento — se não em 2023, em anos próximos.

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