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Muito além de Neymar e Cristiano Ronaldo: por que a Arábia Saudita quer ter uma das dez maiores ligas de futebol do mundo

Neymar entra para clube na Arábia Saudita, na Liga Profissional Saudita

Neymar entra para clube da Liga Profissional Saudita

A grande novidade no futebol internacional na última janela de transferências foi o apetite por contratações de times da Arábia Saudita. Os clubes da liga investiram mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) para trazer nomes como Cristiano Ronaldo e Neymar.

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E não se trata de um movimento isolado. O objetivo da liga é construir uma presença global na transmissão e se tornar uma das dez maiores do mundo, afirmou Carlo Nohra, diretor de operações da Saudi Pro League.

O brasileiro Neymar foi contratado pelo Al Hilal em agosto e vai receber 160 milhões de euros (R$ 850 milhões) por ano no clube saudita. E não foi a maior contratação do futebol árabe, que acertou o pagamento de 200 milhões de euros anuais a Cristiano Ronaldo e Karim Benzema.

Lembrando que outras estrelas de campeonatos europeus, como Sadio Mane (ex-Liverpool e Bayern de Munique), também foram parar nos clubes sauditas. 

Em entrevista à CNBC, Nohra afirmou que a estratégia do país é “extremamente de longo prazo” e que a aquisição dos jogadores foi o primeiro passo. O diretor de operações explicou que os planos futuros seriam melhorar o desempenho dos times e trazer torcedores para os estádios nacionais. 

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Além disso, a Liga Profissional Saudita procura expandir a sua presença de transmissão em todo o mundo. 

No Brasil, a Band foi quem saiu na frente na disputa e adquiriu os direitos de transmissão em agosto. Segundo dados do F5, a estreia do Neymar na Arábia Saudita, em setembro, fez a emissora bater 5 pontos de audiência. Cada ponto equivale a 207 mil telespectadores. 

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A estratégia do jogo: para além do futebol

A vitória em campo não é apenas uma tática com objetivos esportivos. O investimento maciço faz parte de um plano maior para diversificar a economia para além das questões sobre petróleo. 

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A aposta é que os serviços de turismo, lazer e entretenimento sejam impulsionados pelos investimentos em infraestrutura. 

No campo político, a bola no pé também pode cair bem. A expansão no setor esportivo — que atinge mais que o futebol, chegando no golfe, boxe, automobilismo etc — pode ajudar a melhorar a imagem do país. O intuito seria desviar a atenção das taxas assustadoras de violação aos direitos humanos que o governo possui, segundo críticos. 

Em entrevista para a Fox News, o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman afirmou que não se importa com as acusações desde que os investimentos esportivos cheguem ao país. 

*Com informações da CNBC

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