O ‘Oráculo de Omaha’, como é conhecido Warren Buffett, aproveitou a semana de comemoração pelo Dia de Ação de Graças, celebrado na última quinta-feira (23) nos Estados Unidos, e fez uma nova doação milionária.
O bilionário transferiu mais de US$ 870 milhões, o equivalente a R$ 4,1 bilhão, a quatro fundações. A operação foi anunciada por Buffett em uma carta aos investidores divulgada nesta semana.
O investidor de 93 anos doou a quantia na forma de ações Classe B, que possuem valor pré-definido de dividendo. A distribuição foi sendo:
- 1,5 milhões de ações à fundação Susan Thompson Buffett;
- 300 mil ações divididas entre a Fundação Sherwood, a Fundação Howard G. Buffett e a Fundação NoVo.
As instituições são "velhas" conhecidas de Buffett. Elas são organizações fundadas pela própria família Buffett: Susan Thompson Buffett Foundation, batizada em homenagem a sua primeira esposa, falecida em 2004. Sherwood, Howard G. Buffett e NoVo são fundações administradas pelos filhos do megainvestidor.
Buffett afirmou, ainda na carta, que essas doações complementam “algumas das promessas vitalícias” que devem seguir até a sua morte. “Aos 93 anos, me sinto bem, mas percebo plenamente que estou jogando entradas extras”, escreveu ele.
Vale lembrar que o megainvestidor fez um cronograma de doações anuais em 26 de junho de 2006, quando ele detinha US$ 43 milhões em ações Classe A da Berkshire Hathaway, o equivalente a 98% do seu patrimônio líquido na época.
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Sucessor de Buffett escolhido
Na carta, que tem sido considerada quase um testamento, Warren Buffett disse também que a Berkshire Hathaway, sua holding de investimentos, foi “construída para durar”.
Para ele, o império construído em um pouco mais de seis décadas deve resistir ao teste do tempo, mesmo sem a sua supervisão.
Sem muitas surpresas, Buffett finalmente disse quem deve ser o seu sucessor: Gregory Abel. As primeiras pistas haviam sido dadas pelo bilionário em maio deste ano e, agora, parecem que foram confirmadas.
Abel é um dos três vice-presidentes da companhia.
Os três filhos de Buffett são os executores de seu testamento e os curadores nomeados do fundo de caridade que receberá quase toda a riqueza de Buffett.
“Os meus filhos, tal como o seu pai, têm a crença comum de que a riqueza dinástica, embora seja legal e comum em grande parte do mundo, incluindo os Estados Unidos, não é desejável”, disse Buffett.
“Além disso, tivemos muitas oportunidades de observar que ser rico não torna ninguém sábio ou mau.”
*Com informações de CNBC