O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou sua oposição ao retorno da Autoridade Palestina ao controle da Faixa de Gaza após a guerra, em entrevista concedida à CNN. Ele afirmou que o governo palestino, que atualmente administra partes da Cisjordânia não conseguiu desmilitarizar e “desradicalizar” a região.
Por isso, Israel deve manter o controle sobre a segurança em Gaza por "um período indefinido após o fim da guerra", disse ele.
Netanyahu ainda defendeu a necessidade de uma "autoridade civil reconstruída" para governar o território no longo prazo. Mais do que isso, o primeiro-ministro cobrou dessa autoridade civil palestina o combate ao terrorismo.
Já os Estados Unidos disseram que preveem uma Autoridade Palestina "revitalizada" governando Gaza. Atualmente, a região é controlada pelo Hamas, organização que os EUA designam como terrorista.
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Israel X Hamas: confronto já dura mais de um mês
Na mesma entrevista, Netanyahu se recusou a responder sobre o ataque do dia oito de outubro — bem como dizer quando o conflito iria acabar.
O saldo dos confrontos em mais de 30 dias é devastador. São mais de 10 mil palestinos mortos, incluindo mais de 4 mil crianças, de acordo com dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Do lado de Israel, são pelo menos 1.400 mortos.
Brasileiros na Faixa de Gaza
Neste domingo (12), o grupo de brasileiros acompanhado pelo Governo Federal que aguardava permissão de autoridades do Egito, Israel e da Autoridade Palestina cruzou a fronteira entre Gaza e Egito, no Portal de Rafah.
Agora, o grupo espera o fim dos trâmites legais para deixar o país. A expectativa é de que todos cheguem ao Brasil entre terça-feira (14) e quarta-feira (15).