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Fim da linha para o First Republic Bank: banco sofre intervenção e JP Morgan fica com ativos

First Republic Bank

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Mais um cadáver do sistema financeiro norte-americano apareceu boiando na madrugada desta segunda-feira. Em meio a uma nova onda de saques e da perda de quase 100% do seu valor na bolsa, o First Republic Bank sofreu intervenção dos reguladores.

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Em uma ação combinada, o JP Morgan anunciou em seguida a aquisição da maioria dos ativos do First Republic. Além disso, o banco assumiu os depósitos e alguns passivos da instituição que ficaram com o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC).

“Nosso governo nos convidou e nós o fizemos”, afirmou Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, no comunicado no qual informa a aquisição.

Trata-se do terceiro banco norte-americano a quebrar em um período de apenas dois meses. Antes dele, o Silicon Valley Bank (SVB) e o Silvergate falharam em se manter de pé em meio à desvalorização dos ativos com o processo de alta dos juros nos Estados Unidos.

Assim como os outros dois bancos, o First Republic era uma instituição de nicho. Com sede na Califórnia, atendia principalmente clientes endinheirados oferecendo crédito imobiliário barato em troca de depósitos no banco.

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As agências do banco abrirão normalmente nesta segunda-feira nos Estados Unidos. Os clientes seguirão recebendo atendimento, inclusive pelos canais digitais, de acordo com o comunicado do JP Morgan.

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O que o JP Morgan vai levar do First Republic

Com o negócio, o JP Morgan vai adquirir a maior parte dos ativos do First Republic Bank, incluindo aproximadamente US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos.

O JP Morgan também vai assumir aproximadamente US$ 92 bilhões em depósitos, incluindo os US$ 30 bilhões que o banco recebeu em resgate no mês passado. A ideia é reembolsar esse valor após o fechamento da transação ou eliminá-los na consolidação.

O FDIC, órgão regulador do sistema bancário nos EUA, assumiu o compromisso de cobrir eventuais perdas em empréstimos em linhas comerciais e de hipoteca, assim como US$ 50 bilhões em financiamento a com taxas fixas de cinco anos.

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Por fim, o JP Morgan não está assumindo a dívida corporativa ou as ações preferenciais do First Republic, ainda de acordo com o comunicado.

*Com informações da CNBC

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