O Congresso dos Estados Unidos empurrou para o início de 2024 a interminável novela referente à liberação de dinheiro para o financiamento das agências federais norte-americanas.
Depois de a Câmara dos Representantes ter aprovado na terça-feira (14) o financiamento temporário do governo, o Senado fez o mesmo na noite de ontem (15) — por 336 a 95 na Câmara e 87 a 11 no Senado.
"Sem shutdown do governo, sem cortes em programas vitais", declarou o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer. "Este é um grande resultado para o povo americano."
O texto que exita o chamado shutdown segue agora para sanção pelo presidente Joe Biden.
Para que facilitar?
Na passagem de setembro para outubro, quando evitou na última hora a paralisação do governo, o Congresso dos EUA aprovou um pacote temporário de financiamento que expiraria à meia-noite de amanhã (17).
Além de prazos relativamente curtos, o Congresso de certo modo largou um bode no Salão Oval da Casa Branca.
O novo pacote estabelece agora dois prazos temporários. Parte das agências federais norte-americanas tem dinheiro garantido apenas até à meia-noite de 12 de janeiro de 2024. Outra parte conseguiu recursos até 2 de fevereiro.
Enquanto isso, a Casa Branca não conseguiu a liberação de US$ 106 bilhões para ajudar Israel e Ucrânia em suas respectivas guerras contra o Hamas e a Rússia.
Republicanos temem repercussão eleitoral
Os placares amplamente favoráveis ao acordo temporário na Câmara e no Senado foram lidos por analistas políticos norte-americanos como um sinal de que os republicanos temem ser punidos nas urnas nas eleições de 2024.
Grande parte da bancada do partido oposicionista deu sinais de que tem ser considerada culpada pelos eleitores pela falta de dinheiro para o funcionamento de atividades básicas do governo.
TOUROS E URSOS — A ‘mamata’ do 1% ao mês com renda fixa acabou. E agora?
*Com informações de agências de notícias internacionais.