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Procura-se um bilionário: quem é o magnata chinês que está desaparecido

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O Banco do Povo da China (PBoC) afirmou que deve manter a taxa de juros estável por quanto tempo for possível

Bao Fan é um banqueiro chinês. Nasceu em Xangai há pouco mais de 50 anos. Ganhou fama na última década e meia como um investidor que faz e acontece. É mais um dos muitos bilionários chineses da atualidade.

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Ele é o fundador e principal acionista do China Renaissance, um banco de investimentos conhecido por transformar em ouro muito do que tocou nos últimos anos.

Hoje, porém, Bao Fan protagoniza um mistério. O paradeiro do bilionário é desconhecido. Há dias, ninguém tem notícias dele.

Até a quinta-feira, 17 de fevereiro, o sumiço do banqueiro era desconhecido do grande público. Na sexta-feira, quando a notícia veio à tona, as ações do China Renaissance derreteram em Hong Kong. O preço do papel chegou a cair pela metade na sessão de ontem.

A direção da empresa não consegue contato com Bao. Ao mesmo tempo, o banco diz não ter nenhuma informação de que a “indisponibilidade tenha ou possa ter a ver com as operações” da instituição, que continua funcionando normalmente.

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Toque de Midas

Bao Fan esteve por trás de alguns dos mais relevantes acordos empresariais da China em tempos recentes. A maioria deles é relacionada com o setor de tecnologia.

Isso inclui o investimento estratégico da Tencent na JD.com e uma série de fusões, entre elas a dos aplicativos de carona Didi e Kuaidi, a dos sites de anúncios 58.com e Ganji e das gigantes de entrega de comidas Meituan e Dianping.

De acordo com ele, 70% das empresas chinesas de internet têm alguma espécie de intersecção de negócio com seu banco de investimentos.

Mas quem é o bilionário chinês

Os detalhes sobre o sumiço de Bao Fan são escassos. O pouco que se sabe está no comunicado divulgado pelo China Renaissance na noite de quinta-feira.

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Embora não haja detalhes, o desaparecimento de Bao voltou a evocar histórias de executivos chineses que desapareceram repentinamente e sem explicação para ressurgirem tempos depois.

Pelo menos meia dúzia de bilionários desapareceram nos últimos anos em meio a relatos de desentendimentos com o governo chinês, de acordo com a revista Forbes.

Em vários casos, eles eram suspeitos de corrupção, sonegação de impostos e outras más condutas.

LEIA TAMBÉM: O que está por trás da ofensiva do governo da China contra os bilionários e detentores de grandes fortunas

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Os frequentes sumiços de bilionários chineses

Ausências notáveis incluem a do fundador do grupo Fosun, Guo Guangchang. Ele chegou a ser chamado de Warren Buffet da China. Ficou desaparecido por vários dias em 2015 antes de reaparecer.

Já o empresário sino-canadense Xiao Jianhua foi preso em 2017. Ele era uma das pessoas mais ricas da China. No ano passado acabou condenado por corrupção.

No fim de 2020, o fundador do Alibaba, Jack Ma, também desapareceu da vista do público por três meses, após fazer comentários críticos aos reguladores do mercado de capitais.

Ele pretendia abrir o capital de sua empresa de pagamentos digitais, a Ant Financial - o que provavelmente o tornaria o homem mais rico da China. O IPO foi suspenso em cima da hora e Jack Ma saiu dos holofotes.

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Quanto a Bao Fan, não há notícia recente de que ele tenha se desentendido com o governo.

*Com informações da BBC e da Reuters.

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