Quando o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, chegar à China neste final de semana, o ambiente será de temperaturas elevadas. Isso porque o clima entre as duas maiores economias do mundo está cada vez mais quente e o recado que Pequim mandou para Washington nesta sexta-feira (16) é a prova disso.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que os EUA “não devem fantasiar que estão lidando com a China de uma posição de força”.
“Esta não é a chamada competição responsável, mas um comportamento hegemônico extremamente irresponsável que apenas levará a China e os EUA ao confronto”, disse Wang a repórteres.
A chamada pública acontece depois que o principal diplomata dos EUA cancelou uma viagem à China em fevereiro por causa de um suposto balão espião chinês que sobrevoou o espaço aéreo norte-americano, aumentando as tensões entre os dois países.
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O puxão de orelha por telefone
Em um telefonema com Blinken, o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, pediu aos EUA que "mostrem respeito" pelas principais preocupações de Pequim e parem de interferir em seus assuntos internos.
Essa declaração — que foi visivelmente mais espinhosa do que a leitura da mesma ligação do Departamento de Estado — fala muito sobre a profunda desconfiança que gira em torno da pressão do governo Biden por um “degelo” nas relações, segundo os especialistas.
Por que Blinken vai à China agora?
Blinken realizará reuniões na China de 18 a 19 de junho e poderá se reunir com o presidente chinês Xi Jinping. Ele será o membro de mais alto escalão do governo dos EUA a visitar a China desde que Joe Biden assumiu o cargo, em janeiro de 2021.
As expectativas sobre o que a viagem de Blinken pode trazer são baixas, dada a longa lista de disputas entre as duas superpotências. Mas analistas dizem que ele e as autoridades chinesas podem conseguir pelo menos uma coisa: mostrar que o relacionamento bilateral mais importante do mundo não está prestes a desmoronar.
Além disso, a visita — que pode preparar o terreno para uma enxurrada de outros compromissos, incluindo um encontro entre Xi e o presidente dos EUA, Joe Biden, no final do ano — mostraria que os dois rivais não desistiram da diplomacia.
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*Com informações CNBC e da CNN