O Brasil teve resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) rejeitada nesta semana, mas nem por isso desistiu de colaborar efetivamente para reduzir a escalada do conflito entre Israel e o Hamas.
Por isso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai representar o País na cúpula convocada pelo Egito para o próximo sábado (21) para discutir o conflito na Faixa de Gaza.
O ministro está em Nova York para reuniões enquanto preside temporariamente o Conselho de Segurança da ONU. De Nova York, Vieira segue para o Cairo, a capital egípcia.
O Egito convidou o Brasil para participar do encontro com outros países para discutir a escalada da violência no Oriente Médio.
Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril, o chefe do Itamaraty foi escalado para a cúpula. Além do Brasil, participam do encontro Jordânia, Catar e Turquia.
A crise humanitária
O principal tema do encontro é a crise humanitária na Faixa de Gaza, que se agrava a cada dia, já que a população não consegue sair da região porque as fronteiras estão fechadas.
Ao mesmo tempo, os civis em Gaza sofrem com falta de água, combustível, eletricidade e com os bombardeiros intensos e diários de Israel.
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que o deslocamento interno em Gaza chegou a 1 milhão de pessoas, incluindo 513 mil abrigadas em instalações da agência.
A crise humanitária se agravou após o dia 7, devido a resposta do governo de Israel ao ataque feito pelo grupo palestino armado Hamas.
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O que o Brasil vai defender
O encontro no Egito ocorre três dias após o veto dos EUA à proposta negociada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo na região, com a abertura de corredor humanitário para atender a população civil de Gaza.
Um acordo costurado com o Egito permitiu hoje a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
No fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito, Al Sisi.
Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.
Na cúpula do Egito o Brasil deve defender a liberação de mais ajuda humanitária a Gaza assim como pedir a liberação para essa travessia de fronteira.
*Com informações da Agência Brasil