A Apple pode pagar a conta do desgaste da relação entre Estados Unidos e China. Em meio à escalada das tensões entre os países, as autoridades chinesas decidiram proibir funcionários do governo de usarem iPhones para fins de trabalho.
A notícia derrubou as ações da Apple na Nasdaq. E a sangria continua nesta quinta-feira depois que agência Bloomberg informou que a China pode estender a proibição a agências apoiadas pelo governo e empresas estatais.
Após recuarem 3,6% ontem, a Apple recuava mais 3% nos negócios no pré-mercado em Nova York. O desempenho da gigante da tecnologia ajuda a derrubar as bolsas norte-americanas nesta quinta-feira:
- S&P 500: -0,77%
- Nasdaq: -1,29%
- Dow Jones: -0,28%
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Apple, China e EUA
Ainda não está claro como a China vai aplicar a proibição aos iPhones da Apple nos demais órgãos. Ou seja, a restrição poderia ser total ou apenas no ambiente de trabalho.
A preocupação dos investidores com um possível banimento mais amplo à Apple na China não é à toa. Afinal, o país respondeu por quase 20% das receitas globais da companhia no último ano.
Lembrando que essa não é a primeira vez que a disputa entre Estados Unidos e China se dá na arena da tecnologia. O governo norte-americano, por exemplo, atuou para limitar as vendas de chips de inteligência artificial para o gigante asiático.
De todo modo, a queda recente das ações da Apple pode representar uma oportunidade de entrada. Isso porque a companhia deve anunciar na próxima semana o lançamento do iPhone 15, o que costuma impulsionar os papéis.
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*Com informações do MarketWatch e CNBC