A Europa deixou o presidente Vladimir Putin enfurecido quando colocou um teto para o preço do barril de petróleo russo em US$ 60 — isso sem contar com as outras séries de medidas para minar a capacidade de Moscou de financiar a guerra na Ucrânia. Agora, os europeus testam os limites de um parceiro vital para o chefe do Kremlin: a China.
A União Europeia (UE) está considerando sancionar oito empresas chinesas por ligações com a guerra da Rússia na Ucrânia, segundo diplomatas.
O alvo são empresas que o bloco acredita terem fornecido tecnologias a Moscou, incluindo semicondutores, que podem ser usados para fins militares.
Dessas oito empresas, seis são sediadas em Hong Kong e várias já estão em listas de sanções dos EUA. Entre elas estão: 3HC Semiconductors, King-Pai Technology HK e Sinno Electronics, segundo os diplomatas.
As punições propostas fazem parte de um 11º pacote de sanções contra a Rússia. A ideia é impedir que Putin contorne as sanções já em vigor — um ponto central no esforço da UE e dos EUA para enfraquecer a economia russa e reduzir a receita do Kremlin para continuar a guerra.
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A China mandou avisar
A China não gostou nada dos planos da UE e nesta segunda-feira (8) mandou um recado para os europeus: vai tomar medidas resolutas para salvaguardar direitos e interesses — e não descarta medidas legais caso a União Europeia avance com planos de sancionar nações terceiras por conta da relação com a Rússia.
“Exortamos a UE a não seguir este caminho errado. Caso contrário, a China tomará medidas firmes para salvaguardar nossos direitos e interesses legítimos e legais”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
Wang afirmou ainda que o governo chinês se opõe firmemente à possibilidade de sanções.
"Se o rumor for verdadeiro, o movimento da UE irá corroer a confiança mútua e a cooperação com a China e aguçar a divisão e o confronto no mundo, o que é extremamente perigoso", afirmou o porta-voz.
"A cooperação econômica e comercial China-Rússia é totalmente honesta. Ela não tem como alvo terceiros e deve estar livre de interrupção ou coerção por terceiros", acrescentou.
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*Com informações do Financial Times