A virada do mês de julho marca uma data importante para os investidores do Tesouro Direto. Com o início do segundo semestre, a taxa de custódia dos títulos será cobrada pela B3 — que faz o serviço de guarda dos ativos e fornece informações e movimentações dos saldos — na próxima segunda-feira (3), o primeiro dia útil do mês.
Os analistas de renda fixa da XP relembram, em relatório, que quem aplica em títulos públicos via mercado secundário não paga esta taxa, pois esse ativos "são custodiados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e não na B3".
Para quem compra os títulos da maneira tradicional, porém, e tem um saldo acima de R$ 10 mil nas aplicações é preciso reservar o valor. A cobrança baixou de 0,25% para 0,2% em janeiro, descontados duas vezes ao ano. Ou seja, os investidores pagarão uma parcela de 0,1% amanhã sobre seus todos os recursos aplicados no Tesouro Direto.
"A cobrança é proporcional aos dias em que o valor ficou investido. Ou seja, caso o investimento tenha sido feito em 1º de março de 2023, será calculada a alíquota dos dias investidos, ou 0,03%", esclarecem a corretora.
A única exceção é para valores investidos inferiores a R$ 10,00. Nesse caso, a taxa de custódia será acumulada para o semestre seguinte, eventos de custódia, como o pagamento de principal ou juros ou de resgate antecipado.
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Quem vendeu títulos do Tesouro Direto ao longo do semestre precisa pagar?
Quem tinha investimentos no início do ano, mas resgatou os títulos ao longo dos últimos seis meses e terminou o semestre com um saldo zearado tambem terá que paxar a taxa de custódia.
Mas, neste caso, os analistas da XP explicam que "a cobrança é proporcional aos dias em que o investidor ficou com o título, entre a data do primeira desconto da taxa (2 de janeiro de 2023) e o dia em que foi realizado o resgate".
Quanto vai custar e como pagar a taxa de custódia?
Para calcular quanto você pagará de taxa de custódia, basta somar o total investido e os rendimentos do semestre. A corretora traz um exemplo com taxas e valores hipotéticos: uma aplicação de R$ 20.000,00 no Tesouro Prefixado a 10% em 1º de julho de 2022 e obteve um rendimento de R$ 2.000,00, então a taxa será de R$ 22,00.
Vale destacar que a cobrança é feita diretamente na corretora de investimentos utilizada para aplicar nos títulos. Portanto, é preciso ter um saldo igual ou superior ao da cobrança na conta, realizar uma transferência de valores ou resgatar algum investimento para arcar com a taxa.