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Sequoia (SEQL3) reestrutura dívida com debêntures conversíveis e consegue fôlego financeiro; ações amargam queda de 96,5% desde IPO

Veículo da Sequoia Logística (SEQL3)

Veículo da Sequoia Logística (SEQL3).

Dragada pela crise das varejistas online brasileiras, a empresa de logística Sequoia (SEQL3) conseguiu um fôlego financeiro adicional. A companhia concluiu o plano de reestruturar a dívida com uma emissão de debêntures conversíveis em ações.

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No total, a operação vai movimentar R$ 341,5 milhões, dos quais R$ 100 milhões serão de dinheiro novo para reforçar o caixa da empresa, cujas ações amargam uma queda de 96,5% desde IPO na B3.

Os outros R$ 241,5 milhões virão dos credores de outra emissão de debêntures, que aceitaram trocar seus papéis pelos novos.

Lembrando que a Sequoia deixou de pagar os investidores no mês passado e, desta forma, entrou no chamado "default" (calote) seletivo, de acordo com a agência de risco S&P Global.

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Sequoia (SEQL3): do céu ao inferno após IPO

Uma das novatas da bolsa, a Sequoia abriu o capital em uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na B3 em outubro de 2020.

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Ao longo desses três anos, a empresa foi do céu ao inferno no mercado. Logo no início, as ações da companhia dispararam com o avanço do e-commerce, que apresentava um crescimento expressivo durante a pandemia.

A Sequoia então aproveitou para captar mais recursos de investidores via oferta de ações e também por dívida, com a emissão de debêntures.

Só que pouco depois veio a alta da taxa básica de juros (Selic) e a desaceleração das vendas online com a reabertura da economia. Com isso, os resultados da companhia desabaram e, junto com eles, a cotação das ações na B3.

No fechamento desta quarta-feira, o valor de mercado da Sequoia na bolsa era de apenas R$ 89 milhões.

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Condições das debêntures

Com a reestruturação, a Sequoia conseguiu reduzir a dívida líquida em mais de 50% com a emissão das debêntures conversíveis em ações.

Os investidores poderão converter as debêntures em ações da Sequoia (SEQL) a qualquer momento ou na data de vencimento, definida em 29 de dezembro de 2024. Até lá, os papéis vão render 1% ao mês.

O preço de conversão das debêntures em ações é de R$ 1,10, o que representa um ágio de 155% em relação às cotações atuais.

Além disso, a Sequoia conseguiu renegociar as condições da dívida remanescente, de pouco mais de R$ 65 milhões.

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A data de vencimento passou para novembro de 2029 e taxa de juros passou a ser equivalente apenas ao CDI. Por fim, a empresa obteve ainda carência para pagar os juros até novembro de 2026 e só vai pagar o principal da dívida no vencimento.

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