Em um cenário cada vez mais competitivo para as plataformas de investimentos, até mesmo os bancos tradicionais estão em busca de novas estratégias para atrair clientes. Na esteira de outras instituições, o Santander Brasil (SANB11) anunciou a isenção da taxa de corretagem em produtos de renda variável negociados na B3.
A isenção é válida para investimentos em ações, BDRs (recibos de ações, em português), ETFs (fundos de índices) e fundos imobiliários, nos canais digitais do banco.
Isso inclui os clientes que realizam operações de compra e venda de ativos nos canais de autosserviço, como o homebroker, e os aplicativos da Santander Corretora e do banco.
A taxa zero de corretagem faz parte do projeto de investimentos do Santander que prevê a ampliação do portfólio de produtos, além de um novo portal de investimentos digital e a criação de uma assessoria de investimentos.
Um dos objetivos do Santander com a isenção das taxas é ganhar participação de mercado tanto em investimentos quanto em renda variável. Atualmente, o Santander possui 2,6 milhões de investidores pessoa física ativos, com uma parcela de 2% das aplicações em renda variável.
“Buscamos não só ampliar nossa participação no mercado de Investimentos como dobrar o market share em renda variável”, afirmou Geraldo Rodrigues Neto, diretor de Investimentos do Santander, em nota à imprensa.
Além do Santander (SANB11)
Vale destacar que não é só o Santander que aderiu à estratégia de corretagem zero. No ano passado, o Itaú (ITUB4) zerou as taxas de corretagem em ordens de ações e de fundos de índice nos canais digitais.
Mas além dos tradicionais bancões, outros bancos e corretoras zeraram taxas nos últimos anos. Ou seja, essa virou uma prática de quase todo o mercado hoje.
Vale destacar que os bancos tradicionais são os principais alvos dos novos concorrentes no mercado de plataformas de investimento, como XP e BTG Pactual.
Nessa linha, as instituições vêm reforçando as defesas não só com redução de taxas como também aprimorando as plataformas.
É o caso, por exemplo, do Banco do Brasil, que lançou recentemente uma nova versão do aplicativo de investimentos.