Em meio ao segundo processo de recuperação judicial, a Oi (OIBR3) deu mais um passo para buscar uma solução para a sua dívida e novas opções para seus ativos.
Desta vez, a operadora está pensando em alternativas para a UPI ClientCo, composta pela operação de prestação de serviços de banda larga via fibra ótica dos segmentos varejo e empresarial.
A companhia informou nesta quarta-feira (25), em fato relevante, que contratou o Citigroup, como assessor financeiro líder, e o BTG Pactual, como co-advisor, “para avaliar alternativas estratégicas que envolvam a monetização da UPI ClientCo”.
A Oi, no entanto, não deu mais detalhes de como pretende tornar a unidade de negócio mais rentável, sem explicitar se prefere vender o ativo ou fazer outro tipo de operação.
A empresa apenas reforçou que a contratação dos bancos está em linha com o objetivo de desenvolver opções para o plano de recuperação judicial.
Oi: dificuldade para vender mais ativos?
No início de outubro, a Oi não conseguiu fechar a venda de outro ativo. Isso porque a Sky decidiu voltar atrás na compra da “base DTH” — base de clientes pós-pagos do serviço de TV por assinatura via satélite — da companhia.
De acordo com documento enviado à CVM, a Sky decidiu rescindir o contrato um ano e meio após o anúncio por “não terem sido alcançados termos viáveis para a renegociação da transação”.
Para relembrar, o acordo foi fechado em abril de 2022 por cerca de R$ 786 milhões. O negócio determinava que a Oi iria transferir a base DTH e prestar serviços relacionados à infraestrutura do sistema de TV por internet (IPTV) para a Sky.
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A Oi também está na etapa final do grupamento de ações que começou em dezembro do ano passado na esteira do primeiro processo de recuperação judicial, realizando uma série de leilões dos papéis.
Na ocasião, os papéis valiam R$ 0,20 e a empresa deu sinal verde para um grupamento de ações na proporção de 10 para um.
Embora as chamadas penny stocks — que têm como principal característica o preço baixo — sejam negociadas na B3, elas embutem uma volatilidade ainda maior do que o restante dos ativos do mercado acionário.
Por isso, a bolsa brasileira estabelece regras para inibir a negociação de ações abaixo de R$ 1 por muito tempo.