A Petrobras (PETR3/PETR4) anunciou nesta quarta-feira (20) que irá realizar o pagamento da segunda parcela de dividendos referentes ao primeiro trimestre deste ano.
A distribuição de proventos acontece em meio a um intenso debate sobre a remuneração astronômica da estatal brasileira aos acionistas.
O valor bruto a ser distribuído hoje corresponde a R$ 0,946789 por ação ordinária e preferencial. O pagamento será efetuado pelo Bradesco, segundo comunicado ao mercado.
Todos os acionistas precisam estar com o cadastro devidamente atualizado para receber o pagamento.
O crédito será feito de maneira automática, diretamente nas contas bancárias; para aqueles que têm ações custodiadas na B3, o dinheiro cairá na conta da corretora.
Em caso de problemas, o investidor pode consultar maiores informações nas agências do Bradesco ou pelo telefone 0800-7011616.
Petrobras também tem BDRs: o que eu faço?
Para os investidores que têm os recibos de ações negociados em Nova York (ADRs, na sigla em inglês), o pagamento acontece a partir da próxima quarta-feira (27).
O responsável pela operação no exterior é o JP Morgan, depositário dos ADRs da Petrobras. Informações e esclarecimentos poderão ser obtidos no site www.adr.com.
Vale lembrar que os dividendos não reclamados no prazo de três anos — contados a partir da data de hoje —, prescreverão e reverterão em favor da companhia.
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Uma disputa com o governo
Com uma receita de US$ 52,48 bilhões, a Petrobras pagou US$ 10,92 bilhões em dividendos referentes aos meses de janeiro a junho deste ano, distribuindo mais proventos do que as principais petroleiras do mundo no primeiro semestre.
Entretanto, as recentes caneladas com o governo federal desgastam a imagem da empresa, especialmente após o anúncio da nova política de dividendos. Já no último balanço, a distribuição de proventos ficou mais enxuta.
Segundo a Petrobras, a mudança nas regras também "mantém seu objetivo de promover a previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, ao mesmo tempo em que garante a perenidade e a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos".
No entanto, os diversos questionamentos do governo federal sobre a distribuição de dividendos fez com que analistas começassem a olhar com ceticismo para a estatal — a Empiricus, por exemplo, manteve a recomendação de venda dos papéis.