O setor de viagens como um todo foi um dos mais afetados pela pandemia de covid-19 e agora as empresas colhem os amargos frutos deste período. A bola da vez é a Maxmilhas, que entrou pediu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para ser incluída no processo de recuperação judicial da 123Milhas.
Além da Maxmilhas, a Lance Hotéis também está no requerimento. Ambas são empresas do grupo 123Milhas e enfrentam problemas com dívidas altas.
No caso da Maxmilhas, a dívida é de pouco mais de R$ 266 milhões. Se a Justiça acatar os pedidos das empresas, o valor da causa pode ultrapassar os R$ 2,5 bilhões.
“Com efeito, um dos principais motivos para que se aceite o processamento conjunto dos pedidos de recuperação judicial de diferentes devedoras é garantir que o iter percorrido na busca da solução para a crise que atinge mais de um agente empresarial encaminhe as partes para resultado concomitante e, se possível, harmônico”, diz o documento.
A 123Milhas entrou com pedido de recuperação judicial no final de agosto, mas teve o processo suspenso por solicitação do Banco do Brasil, um dos credores da empresa. A medida visa blindar o patrimônio da companhia.
Relembre o caso: da 123Milhas à Maxmilhas
Vale relembrar que a 123 Milhas e outras companhias ligadas a ela entraram com um pedido de recuperação judicial, com uma declaração de R$ 2,3 bilhões em dívidas.
Outra data importante na cronologia da situação atual é do mesmo mês: 18 de agosto. Esse foi o dia em que a 123 Milhas anunciou oficialmente a suspensão de pacotes e a emissão de passagens aéreas da linha Promo — que oferecia preços abaixo do mercado.
Em reação, no dia seguinte, o Ministério do Turismo acionou a pasta da Justiça e Segurança Pública para avaliar uma apuração sobre a recente suspensão dos pacotes de viagens promocionais da companhia de turismo.
O Seu Dinheiro solicitou um posicionamento da empresa, mas não obteve resposta até a conclusão desta reportagem. Em caso de envio, o texto será atualizado.