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Magazine Luiza (MGLU3) vende “balcão” e participação em seguradora; operação pode engordar caixa em mais de R$ 1 bilhão

Fachada de um das lojas do Magazine Luiza (MGLU3)

Entrada de loja do Magazine Luiza (MGLU3).

Receber um dinheiro a mais é sempre uma boa pedida e o Magazine Luiza (MGLU3) tem motivos para comemorar. A varejista  firmou um acordo da ordem de R$ 1 bilhão com a BNP Paribas Cardif na área de seguros.

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As ações do Magalu reagem à notícia de forma positiva, com alta de 2,10% no pregão desta quinta-feira (11), aos R$ 4,38. Na semana, os papéis da varejista avançam 3,57%. 

O negócio inclui o lançamento de novos produtos, especialmente nos canais digitais, e a extensão da parceria para a oferta de seguros para os clientes do Magalu, até dezembro de 2033.

Para ceder o direito de explorar o seu valioso balcão, o Magazine Luiza vai receber em até 30 dias, um valor líquido da ordem de R$ 850 milhões, além das comissões pela distribuição de seguros.

Além da venda do balcão, o Magalu decidiu negociar a participação na Luizaseg Seguros para o NCVP, sociedade controlada pela Cardif, por R$ 160 milhões. Para os analistas do JP Morgan, a negociação deve ser vista com bons olhos — mas poderia ter sido melhor.

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“No geral, vemos a transação como positiva, considerando que a MGLU receberá um total de R$ 1 bilhão para fortalecer o balanço. Ao mesmo tempo, acreditamos que o mercado atribuiu valor limitado às operações da LuizaSeg. Avaliamos que a participação do Magazine Luiza vale R$ 330 milhões, se levarmos em conta o P/L de 8,5x da varejista”, ressalta o relatório. 

Como de praxe, a conclusão da operação só deve acontecer após análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Magazine Luiza e o balanço assombrado 

A notícia do acordo pode azeitar a relação com os investidores antes do balanço operacional do primeiro trimestre do Magazine Luiza, que deve ser divulgado na próxima segunda-feira (15). 

O ambiente de juros altos e elevada inadimplência no varejo podem assustar. Entretanto, os analistas enxergam que a lacuna deixada pela falida Americanas (AMER3) abriu um espaço no qual o Magazine Luiza pode entrar.

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Quem não tem grandes motivos para arrancar os cabelos é Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da varejista. Afinal, a “dona Luiza” voltou para a lista de bilionários da Forbes com a retomada das ações MGLU3 em 2023.

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