Estar exposto a uma empresa em recuperação judicial é um dos principais temores dos investidores. Mas os cotistas do fundo imobiliário GGR Covepi (GGRC11) começam a vislumbrar uma resolução para esse problema com as últimas notícias a respeito da Covolan, uma das locatárias do FII.
A companhia têxtil, que está em RJ desde setembro do ano passado, teve seu plano de recuperação judicial (PRJ) aprovado pelos credores em assembleia realizada nesta semana.
O fundo confirmou, em comunicado enviado ao mercado, que se enquadra nos critérios elencados pelo documento e aderiu a cláusula de credor parceiro do PRJ.
Os termos do acordo incluem, além das condições para o pagamento da dívida, a manutenção do contrato de locação vigente. A Covolan aluga uma planta industrial do GGRC11 em Santa Bárbara D'Oeste, município de São Paulo, por R$ 340 mil reais mensais até abril de 2034.
Entrada e pagamento parcelado: como a Covolan vai quitar a dívida com o GGRC11
Ainda de acordo com o comunicado, os valores devidos ao fundo imobiliário e habilitados na recuperação judicial somam pouco mais de R$ 11 milhões.
Segundo os termos aprovados pelos credores, não haverá deságio — ou seja, desconto — sobre o montante da dívida. O pagamento será feito da seguinte forma:
- Entrada correspondente a 28% do crédito concursal em cinco dias corridos contados do recebimento dos recursos financeiros constritos nas ações judiciais em trâmite;
- e saldo do crédito concursal em 60 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigido pelo CDI a partir da data de aprovação do PRJ
Mas vale destacar que os credores da Covolan ainda podem contestar as condições do plano. A sua eventual eficácia está condicionada à homologação judicial com a manutenção dos termos aprovados na assembleia.
"Dito isso, o fundo apenas receberá os valores vencidos devidos pela Covolan quando o PRJ for
devidamente homologado", explica a Zagros Capital, gestora do FII GGRC11.