A Alphabet, dona do Google, enfrentou muito barulho este ano em torno da saúde de seu principal negócio de busca, devido a um mercado de anúncios digitais em queda e ao potencial de longo prazo para chatbots de inteligência artificial receberem tráfego — mas parece que tudo isso não passou de ruído.
As ações da Alphabet saltaram 10% nesta semana, depois que a empresa divulgou resultados do segundo trimestre que mostraram crescimento, apesar de um mercado de anúncios difícil.
O preço dos papéis do Google atingiu US$ 132,58 no pregão de sexta-feira (28) em Nova York — o maior nível de fechamento em mais de um ano.
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Google superando as barreiras
O desempenho das ações da Alphabet não é à toa. No balanço do segundo trimestre, a dona do Google mostrou que tem várias maneiras de obter sucesso, apesar dos desafios muito reais.
Entre abril e junho deste ano, a receita da empresa aumentou 7%, para US$ 74,6 bilhões, de US$ 69,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Parte desse crescimento veio do YouTube e do Cloud do Google, que também viram a receita subir, apesar da concorrência.
Analistas destacam que o aumento da receita da Alphabet ultrapassou o crescimento das despesas pela primeira vez em muito tempo.
No entanto, a publicidade on-line — que tem sido um mercado difícil — continua lenta devido a preocupações econômicas e cortes de custos corporativos.
A receita de anúncios do Google aumentou apenas 3,3% em relação ao ano anterior, mas, ainda assim, é uma melhoria em relação ao primeiro trimestre, quando a receita de anúncios caiu.
O alívio para os investidores
A receita de busca, que compõe a maior parte do negócio de anúncios do Google, também teve um crescimento constante durante o trimestre.
Esse desempenho foi um alívio para os investidores, que estavam preocupados com o fato de que os usuários de pesquisa tradicionais passarão para chatbots de inteligência artificial da OpenAI e da Microsoft, o principal investidor da startup, para consultas on-line.
E vale lembrar que o salto das ações do Google nesta semana também ocorreu apesar da diretora financeira da Alphabet, Ruth Porat — que supervisionou o corte de custos em toda a empresa — ter anunciado que está deixando o posto após oito anos para assumir o cargo recém-criado de presidente e diretora de investimentos.
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*Com informações da CNBC