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Dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4)? Banco americano diz que a estatal pode distribuir quase R$ 20 bi a mais aos acionistas; entenda

Petrobras com fundo de dinheiro pegando fogo

Logo da Petrobras em montagem com dinheiro e fogo.

A nova política de dividendos da Petrobras (PETR4) ameaçou colocar fim à era dos megadividendos da petroleira — de fato, a estatal reduziu o montante distribuído aos acionistas de R$ 24,7 bilhões no primeiro trimestre para cerca de R$ 15 bilhões no segundo trimestre, quando as mudanças entraram em vigor

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Mas ainda assim, os acionistas da Petrobras devem continuar embolsando proventos gordos este ano. Cálculos do Goldman Sachs mostram que a empresa ainda pode pagar cerca de US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões) em dividendos ainda em 2023, elevando o total distribuído em 12 meses para cerca de US$ 24 bilhões (R$ 117,6 bilhões). 

A tese do banco norte-americano é baseada no pagamento de 100% da geração de fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês). 

“Caso a Petrobras decida pagar 100% da geração de FCF no ano, vemos espaço para um anúncio de dividendo extraordinário de cerca de US$ 4 bilhões, para um yield adicional de cerca de 5%”, diz o Goldman Sachs em relatório. 

Dividendos extraordinários: argumentos que reforçam a tese 

Além dos cálculos baseados no fluxo de caixa livre da Petrobras, o Goldman Sachs chama atenção para o fato de a própria administração da estatal reconhecer a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários. 

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“Na teleconferência do segundo trimestre, a administração destacou que a nova política de dividendos prevê a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários”, diz o banco em relatório. 

Além disso, a Petrobras observou que o atual nível de endividamento é confortável e em linha com as expectativas do plano estratégico em vigor, lembra o Goldman Sachs. 

E o governo vai deixar?

Desde a campanha presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas à distribuição de dividendos da Petrobras. Depois que assumiu como presidente, o petista continuou condenando os pagamentos fartos aos acionistas da estatal — defendendo que parte do dinheiro fosse para investimentos em áreas como pesquisa e desenvolvimento. 

O resultado da pressão foi a mudança na política de dividendos da companhia, que passou dos 60% do fluxo de caixa livre para 45% a cada trimestre. 

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O Goldman Sachs reforça a necessidade de o governo aumentar as receitas, destacando que o Ministério da Fazenda teria defendido uma nova política de dividendos com um payout maior em relação aos 45%.

“Isso indica que o governo pode estar interessado em aumentar suas receitas decorrentes de sua participação na Petrobras”, diz o banco, lembrando que o governo é o maior acionista da estatal. 

“De fato, isso está de acordo com notícias recentes de que o governo está focado em aumentar as receitas em geral e também pode argumentar em favor do anúncio de dividendos extraordinários”, acrescenta o banco. 

Com dividendos à vista, comprar ou vender Petrobras?

O Goldman Sachs mantém a recomendação de compra para as ações da Petrobras, com os seguintes preços-alvo:

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TickerPreço-alvoPotencial de valorização
PBRUS$ 18,3035,90%
PETR3R$ 44,0032,90%
PETR4R$ 40,0032,50%
Fonte: Goldman Sachs

Por volta de 13h05, as ações PETR3 subiam 0,27%, cotadas a R$ 33,19. No ano, esses papéis acumulam ganho de 38%. Já PETR4 operavam praticamente estáveis, com leve alta de 0,3%, a R$ 30,21. No ano, essas ações acumulam ganho de 46,1%. 

Os ADRs da Petrobras negociados na bolsa de Nova York avançavam 0,08%, a US$ 12,32. Esses papéis têm alta acumulada de 48% em 2023.

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