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Conselho da Gafisa (GFSA4) aprova novo aumento de capital de até R$ 200 milhões; última operação realizada pela construtora é alvo de disputa judicial — relembre

Logo da incorporadora Gafisa em meio aos prédios da cidade de São Paulo

Logo da incorporadora Gafisa em meio aos prédios da cidade de São Paulo

Pouco mais de três meses após concluir um aumento de capital que gerou polêmica e é alvo de disputa entre a companhia e um de seus acionistas, a Gafisa (GFSA4) anunciou que irá recorrer novamente à operação.

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Segundo comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (15), o aumento homologado em 3 de janeiro não atingiu o valor máximo buscado pela construtora.

Por isso, o conselho de administração aprovou uma nova operação de até R$ 200 milhões — e, no mínimo, R$ 50 milhões — por meio da emissão de cerca de 28,5 milhões de novas ações ordinárias. Os papéis terão custo unitário de R$ 7,02. A cifra representa um desconto de 7,87% em relação à cotação atual das ações GFSA3, que encerraram o dia cotadas em R$ 7,62.

O documento explica ainda que os investidores que optarem por participar ganharão bônus de um papel a cada nova ação ordinária subscrita. Acionistas poderão exercer seu direito de preferência entre 21 de março e 20 de abril.

Já quem preferir ficar de fora da operação poderá ter sua participação na empresa diluída em até 52,7%, considerando o teto para o aumento de capital.

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Por que a Gafisa (GFSA3) quer aumentar novamente o capital?

Ainda segundo o comunicado enviado ao mercado, a Gafisa voltará a utilizar o aumento de capital para levantar recursos para novos investimentos, como a aquisição de empreendimentos, equacionamento de dívidas e custeio de projetos.

Além disso, a construtora busca reforçar sua estrutura de capital "com o objetivo de no médio prazo tornar-se a empresa de maior relevância em seu segmento e perante seu público-alvo".

Relembre a disputa entre construtora e acionista

Vale relembrar que os controladores da Gafisa travam há meses uma disputa pública com a gestora Esh Capital, uma de suas acionistas. A Esh convocou uma assembleia geral na tentativa de barrar o aumento de capital da incorporadora em janeiro, mas acabou perdendo a votação.

Em outra frente da batalha, a gestora convocou um novo encontro de acionistas para discutir a suspensão dos direitos políticos do empresário Nelson Tanure e outros investidores supostamente ligados a ele na incorporadora.

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Segundo a Esh, Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3 após alcançar uma participação direta e indireta acima de 30% na companhia.

No entendimento da gestora, o empresário possui hoje uma participação de mais de 40% na incorporadora, que estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master. As instituições negam ligações com Tanure.

A chamada cláusula de "poison pill" (pílula de veneno) faz parte do estatuto da Gafisa e prevê a realização de uma oferta quando um acionista ultrapassa os 30% do capital. O mesmo estatuto prevê que o acionista pode ter a suspensão dos direitos na companhia caso não faça a OPA. 

A proposta da Esh, porém, também foi rejeitada pelos acionistas. Mas, por outro lado, a Esh obteve uma vitória na forma de uma liminar que impede a conversão de uma emissão de debêntures em ações da companhia.

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