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Quanto vale a CNova? Pão de Açúcar (PCAR3) abre negociação com controlador por participação em empresa de comércio eletrônico

Grupo Pão de Açúcar Carrinho Mercado

Montagem com empresas do GPA

Menos de um mês depois de concluir a cisão da rede colombiana Éxito, o Pão de Açúcar (PCAR3) pode tirar mais uma peça do seu "carrinho" de participações societárias. Agora, o grupo abriu negociações pelos 34% do capital que detém na CNova, empresa de comércio eletrônico com sede na Holanda.

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A venda da participação na CNova é um plano antigo da companhia. O "problema" é que a iniciativa partiu do Casino, grupo francês que controla o GPA e também é acionista majoritário da CNova, com 64,8% do capital.

Isso porque negócios entre empresas e seus controladores não raro envolvem problemas de conflito de interesses. Então o mercado costuma analisar com lupa esse tipo de transação.

O Pão de Açúcar não divulgou detalhes sobre a proposta pela CNova, mas informou que a eventual venda da participação ocorrerá "por um preço a ser definido e acordado pelas partes, com base em metodologias usuais de avaliação financeira".

O GPA também criou um comitê especial independente para avaliar a transação. O comitê terá três membros independentes do conselho de administração. Além disso, a companhia vai contratar assessores legais e financeiros para emitir uma fairness opinion do negócio.

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Pão de Açúcar em busca de dinheiro

O diabo mora nos detalhes, é claro, mas a venda da participação na CNova pode ajudar o Pão de Açúcar, que sofre com alto nível de endividamento.

"No geral, enxergamos o anúncio como positivo, já que nós (e acreditamos que o mercado também) atribuímos valor zero à participação do Pão de Açúcar na CNova", escreveram os analistas do JP Morgan, em relatório.

A negociação da CNova é só uma das iniciativas que podem ajudar a melhorar o balanço do GPA. A companhia já anunciou, por exemplo, que pretende se desfazer da participação de 13% que ainda possui no Éxito após a cisão.

Além disso, o grupo fechou recentemente a venda de um imóvel na Barra da Tijuca, no Rio, por R$ 247 milhões. No local funcionava um hipermercado da bandeira Extra, que mesmo depois de desativado consumia R$ 9 milhões anuais em manutenção.

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