Após um balanço bastante decepcionante do terceiro trimestre, o Grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, corre risco de ser retirado do próximo rebalanceamento do Ibovespa, o principal índice da B3, a bolsa brasileira. Quem afirma isso são os analistas da XP.
Além de sair do Ibov, a varejista também deve deixar outros três índices: o IBX100 (índice de desempenho médio dos 100 ativos com maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro), o IBX50 (o mesmo que o IBX100, mas para as 50 maiores empresas) e o SMLL (índice de small caps, empresas com menor capitalização).
O risco desse cenário acontecer se deve principalmente ao fato de que a empresa tem figurado como uma penny stock — isto é, cada ação vale menos de R$ 1,00. O papel BHIA3 vem sendo negociado abaixo de um real desde o início de setembro.
Por volta das 10h39 desta quinta-feira (9), as ações do grupo caíam 8,77%, cotadas a R$ 0,52, uma forte reação ao fraco balanço. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,22%, aos 119.444 pontos.
“[Esse cenário] pode resultar em pressão significativa de venda da ação por parte dos fundos associados aos índices”, destacam os analistas. O próximo rebalanceamento do Ibovespa acontece em 2 de janeiro de 2024.
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Ainda há salvação para o Casas Bahia (BHIA3)?
Uma possível boia de salvação para a empresa se manter no Ibovespa foi aprovada recentemente pelo conselho da varejista: uma proposta de agrupamento de ações, na proporção de 25 para 1.
Isso poderia fazer o papel ao menos voltar a valer algo próximo de um real e reduzir a volatilidade desse ativo. Entretanto, os investidores minoritários perdem ainda mais espaço dentro das decisões da empresa.
A próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE) está marcada para 16 de novembro, quando deve ser votado oficialmente o agrupamento de ações.