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Americanas (AMER3) avalia ‘diversas oportunidades’ para venda de ativos; quais empresas podem ser usadas para tapar o rombo bilionário?

Fachada de unidade da rede Lojas Americanas Express (AMER3 LAME3 LAME4), na Avenida Paulista, região central de São Paulo

Fachada de unidade da rede Lojas Americanas Express, na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

A Americanas (AMER3) ganhou recentemente um fôlego judicial de 30 dias para evitar perdas com o vencimento antecipado de suas dívidas, mas já estuda alternativas para tapar o rombo em seu balanço após a descoberta de "inconsistências contábeis" bilionárias.

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Uma das alternativas para pagar os R$ 40 bilhões em dívidas que a varejista declarou à Justiça é a venda de ativos. E, segundo um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (17), essa opção está na mesa. "A companhia confirma que está avaliando diversas oportunidades", diz a empresa em resposta a um ofício da B3.

A operadora da bolsa brasileira questionou a Americanas a respeito de uma reportagem veiculada no jornal Valor Econômico. A publicação afirma que, entre os negócios encaminhados para a venda, está o Hortifruti Natural da Terra, varejista de produtos frescos adquirida em agosto de 2021.

O jornal cita também a participação da companhia na Vem Conveniência, uma joint venture com a Vibra Energia. Segundo o veículo, a empresa poderia conseguir até R$ 3 bilhões por cada um dos ativos.

A Americanas afirmou que, por enquanto, não há fato ou documento vinculante que mereça divulgação sobre possíveis negócios, mas prometeu manter o mercado e os acionistas atualizados sobre o tema.

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Ex-CEO revela bastidores de descoberta do rombo na Americanas (AMER3)

Mais cedo, o ex-CEO da Americanas, Sergio Rial, contou como o rombo bilionário foi descoberto. Rial, que ficou no cargo por apenas nove dias, revelou que a inconsistência foi encontrada a partir de entrevistas com executivos remanescentes da companhia.

“Nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos conjuntamente com o novo CFO, Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade”, escreveu Rial no Linkedin. 

Rial afirma ainda que “quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades”.

“Portanto, com a conclusão do diagnóstico inicial, surgiu a necessidade premente de correção de rota. E essa correção partiu da transparência e do apoio incondicional que recebi do CA [Conselho de Administração] e dos acionistas de referência”, diz ele referindo-se a Paulo Lemann e seus parceiros de negócios da 3G, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. 

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