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Acordo entre sócios: oferta de ações entra no radar do BR Partners (BRPR11); saiba como a operação pode mexer com os investidores e aumentar participação de executivos

BR Partners IPO

Executivos da BR Partners tocam a campainha de abertura do pregão, marcando o início das negociações das units da empresa na bolsa

O BR Partners pode estar perto de lançar uma oferta de ações que deve dobrar a quantidade de papéis em circulação no mercado. Isso porque o banco fechou um acordo nesta quinta-feira (31) que mudará sua estrutura societária. 

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Esse acordo estabelece que os sócios (partnership) ficarão com uma fatia da participação de famílias investidoras, que deixarão de ser acionistas do banco, e chegarão a 55% do capital.

Em 2009, dez famílias colocaram R$ 100 milhões para a criação do BR Partners. Em troca, ficaram com 50% das ações do banco. 

Com a expansão e a abertura de capital, essa participação foi diluída e atualmente está em cerca de 30%.

A família BR Partners

Quando colocaram os recursos no novo banco, as famílias se comprometeram a manter as ações até 2030 — o chamado lock-up, que nesse caso foi de 20 anos. 

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Só que negociações recentes levaram essas famílias a concordarem em vender parte dessa fatia, a preços de mercado, para os sócios do BR Partners, que detêm 46,8% das ações totais. 

Esses sócios (partnership) comprariam 8% dos cerca de 30% que as famílias detêm, e o restante (cerca de 21%) seria oferecido ao mercado, em uma oferta de ações. 

O prazo para o follow-on e as condições serão determinados pelo BR Partners, mas deve acontecer até dezembro do ano que vem. 

Essas famílias precisam ainda decidir de forma unânime se vendem ou não no preço da oferta — caso a decisão seja não vender, as famílias continuarão sujeitas ao lock-up que vai até 2030.

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Mais liquidez ao papel

Se a oferta for adiante, o número de ações em circulação (free float), de 24% do capital do banco, passaria para 45%, o que daria mais liquidez para o papel — atualmente considerada baixa. 

As ações do BR Partners foram negociadas a uma média de R$ 1,6 milhão por dia em 30 dias. Na B3, o valor de mercado do banco é de R$ 1,5 bilhão e ele negocia a 10,5 vezes o lucro estimado para 2023.

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