Na noite deste sábado, a Casa Branca informou que o presidente Joe Biden assinou o projeto de lei que evita o shutdown (apagão, no termo em inglês) nos EUA por mais algum tempo. O projeto garante o funcionamento do governo até dia 17 de novembro.
“Acabei de assinar uma lei para manter o governo funcionando por 47 dias. Há muito tempo para aprovar projetos de lei de financiamento do governo para o próximo ano fiscal, e apelo veementemente ao Congresso que comece a trabalhar imediatamente”, escreveu Biden em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
O texto havia sido sancionado pelo Senado também na noite deste sábado, após a Câmara aprová-lo de última hora, quando o governo esteve perto de uma paralisação completa. Assim, o Congresso conseguiu impedir o rompimento das atividades três horas antes do próximo ano fiscal, que começou neste domingo (01).
Cabe lembrar que esta é a quarta vez na década em que o governo dos EUA esteve prestes a parar. Os conflitos entre democratas e republicanos estão no centro disso.
De olho nos EUA
O impasse acontece poucos meses após o Congresso ter deixado os EUA à beira do calote da sua dívida de mais de US$ 31 trilhões, o que inclusive fez a agência de classificação Fitch rebaixar o rating dos EUA.
A agência de classificação de risco rebaixou o rating dos EUA de ‘AAA’ para ‘AA+’ e passou a perspectiva de negativa para estável — o que significa que a avaliação deve permanecer assim por algum tempo.
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Por que os EUA estavam à beira de um apagão?
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é do Partido Democrata. No entanto, a Câmara dos Representantes é controlada desde janeiro pelo Partido Republicano.
Este ano, uma parte do Partido Republicano exigia cortes mais acentuados nos gastos e tentava impedir que Biden enviasse mais dinheiro para a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.
Essa ala rechaçou todas as tentativas da liderança do próprio partido de levar um acordo a votação.