Pioneiro no mundo dos pagamentos instantâneos, o Pix ultrapassou a marca de 2,9 bilhões de transferências em dezembro do ano passado, com um montante de R$ 1,2 trilhão enviado, segundo o Relatório de Gestão do Pix, do Banco Central.
Acontece que, apesar da quantia total chegar à casa dos nove dígitos, o modelo de pagamento raramente é usado para enviar grandes valores — especialmente quando o pagamento é feito por pessoas físicas.
De acordo com o levantamento do BC, quase 61% de todas as transações desde o lançamento do Pix até dezembro de 2022 foram menores que R$ 100.
Se considerados só os Pix feitos por pessoas físicas, cerca de 93,1% dessas transações foram inferiores a R$ 200. No fim do ano passado, a média dos pagamentos entre CPFs foi de R$ 257.
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Já os pagamentos realizados por pessoas jurídicas privadas concentram-se na faixa de R$ 500 por Pix, mas 18,6% das transações registraram valor mais elevado, a partir de R$ 2 mil. O valor médio das transações entre CNPJs foi de R$ 5,7 mil em dezembro de 2022.
Porém, uma única transação em dezembro de 2022 chegou ao valor de R$ 1,2 bilhão, na maior transação já realizada pelo Pix. O BC não revela a identidade do “sortudo” (provavelmente uma empresa) que recebeu o pagamento na conta.
Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão.
Os dados consideram o total de usuários do Pix de 33 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões em empresas, além de 551 milhões de chaves registradas.