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Petróleo salta mais de 4% em meio à guerra entre Israel e Hamas e impulsiona petroleiras da B3, com destaque para Petrobras

petróleo caindo sobre notas de dólar afeta bolsas hoje

Enquanto os brasileiros aproveitaram o descanso do feriado da Nossa Senhora Aparecida - ou Dia das Crianças para os nostálgicos -, a guerra entre Israel e Hamas ganhou novos desdobramentos.

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Os resultados já começam a aparecer nesta sexta-feira (13). E se a data representa um mau agouro, as petroleiras estão protegidas dos fantasmas. Enquanto a aversão ao risco aumenta, os preços do petróleo avançam mais de 4% e refletem nas ações das companhias produtoras da commodity que estão na B3.

Por volta de 12h40 (horário de Brasília), o contrato futuro mais negociado do WTI operava em alta de +4,38%, com o barril a US$ 86,53. Já o  petróleo tipo Brent, usado como referência para a Petrobras (PETR4), registrava avanço de +4,16%, a US$ 89,58. 

As petroleiras na B3 acompanham e sobem em bloco, impedindo que o principal índice da bolsa caía mais. O Ibovespa tinha leve queda de 0,70%, por volta de 12h40, em 116.232 mil pontos. 

A maior alta do índice é das ações da 3R Petroleum, com valorização de 4,18%, a R$ 32,62, seguida pela Petrobras. A maior produtora do país registra um avanço de 3,02% , a R$ 36,18.

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Confira a tabela:

CÓDIGONOMEULTVARMIN MAX
RRRP33R Petroleum ONR$ 32,624,18%31,85 32,87
PETR4Petrobras PNR$ 36,183,02%35,78 36,27
PETR3Petrobras ONR$ 39,162,73%38,75 39,35
PRIO3PRIO ONR$ 48,882,69%48,47 49,75
SUZB3Suzano ONR$ 58,042,45%57,35 59,05 

VEJA TAMBÉM: PODCAST TOUROS E URSOS - Israel em chamas: o impacto do conflito com Hamas nos investimentos

Os riscos da guerra e a oferta de petróleo

Commodities como o petróleo costumam apresentar volatilidade em momentos de incertezas na economia global. No caso da guerra entre Israel e Hamas, o receio é que a oferta da commodity no mundo seja ameaçada. E a lei é clara: com a menor disponibilidade do produto, os preços tendem a subir. 

O ataque surpresa do Hamas no último fim de semana (07) não afeta diretamente os países produtores de petróleo. No entanto, a possível extensão do conflito para outros territórios do Oriente Médio, onde estão os maiores produtores da commodity como a Arábia Saudita,  preocupa investidores.

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Na última quinta-feira (12), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, viajou para Israel, numa demonstração de apoio ao país. Em uma resposta aos Estados Unidos, o Irã solicitou nesta sexta-feira (13) que o país “controle Israel” e evite uma “guerra regional”. 

O envolvimento do Irã e dos EUA sinaliza para que a tradição se concretize, com os conflitos no Oriente Médio potencialmente impactando a oferta de petróleo.

O apoio do Irã ao Hamas pode levar a uma eventual retaliação por parte de Israel. Um ataque na região dificultaria o tráfego de navios pelo Estreito de Ormuz, um dos mais importantes pontos de passagem do petróleo no Oriente Médio.

Por outro lado, sanções dos Estados Unidos contra o Irã também podem dificultar o fornecimento da commodity. 

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Em outra sinalização do envolvimento de outros países na disputa, a Rússia alertou que a guerra pode ser “potencialmente perigosa”. O aviso foi feito na última quarta-feira (11),  durante reunião entre o país e a Arábia Saudita para discutir o mercado de petróleo. 

Apesar de a commodity não ter chegado a voltar ao preço de US$ 100 o barril, patamar importante e do qual se aproximava com velocidade nos últimos meses, a guerra colabora para que as cotações se mantenham elevadas e não está descartado que o petróleo teste novos patamares novamente.

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