O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a defender neste domingo (14) o fim do saque-aniversário do FGTS, mas reconheceu que qualquer mudança na área deve ficar para o segundo semestre. Marinho participou de uma feira organizada pelo MST no Parque da Água Branca, em São Paulo.
"Nós estamos estudando, discutindo com as lideranças, com o ministro Padilha, que coordena as ações junto ao Congresso Nacional, para ver o momento de encaminhar essa medida, para submeter à apreciação do parlamento, mas devemos fazer isso no segundo semestre", disse Marinho, lembrando que será necessário um Projeto de Lei para alterar a medida.
Para o ministro, o saque-aniversário leva a um enfraquecimento do FGTS como fundo de garantia e de investimento em habitação, saneamento e infraestrutura.
Ele afirmou ainda que trabalhadores que aderem à modalidade do saque-aniversário passam por um "verdadeiro castigo", por não poderem sacar o saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa.
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Saque aniversário do FGTS movimentou R$ 28 bi em 2022
Um total de 23 milhões de trabalhadores se valeram do saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), modalidade que o governo Lula pretende acabar.
No total, R$ 28 bilhões em recursos que antes ficavam retidos no fundo foram parar no bolso dos trabalhadores no ano passado, de acordo com um estudo do Banco Inter.
Em 2022, a média do resgate anual foi de R$ 640 por trabalhador. O valor que cada pessoa pode sacar depende do saldo que possui no fundo — quanto menor o saldo, maior o percentual.
Com informações do Estadão Conteúdo.